“Paz na terra aos homens de boa vontade” – essa talvez seja a frase que melhor define o espírito do Natal, mas não é o que se tem visto no mundo. A maior festa da igreja católica não é mais uma festa religiosa e muito menos apenas católica: ganhou todos os povos e todas as religiões desde que se transformou em uma comemoração que tem tido como preocupação maior a mesa farta (é verdade que não mais tão farta assim para todos como deveria ser pelo menos no Natal). Além da mesa farta o Natal também virou data marcada para distribuição de presentes, como se os embrulhos coloridos fossem o máximo de paz e boa vontade que os homens conseguem exercer durante todo o ano e em especial no Natal.
Mesmo tendo se transformado em uma festa acima de tudo comercial o Natal é a época em que os corações se enchem de boa vontade, mas como uma obrigação imposta pela festa, mas só por um tempo que infelizmente dura poucos dias e muitas vezes poucas horas. De qualquer maneira Natal é o único momento em que, mesmo que seja só da boca para fora, as pessoas desejam que o Próximo seja feliz ou que no mínimo sorria diante de um presentinho qualquer.
O Natal será mais inteiro se aprendermos a desenvolver todos os dias a mesma intenção de paz, amor, solidariedade e principalmente boa vontade que faz o verdadeiro banquete do Natal até em mesas vazia de comida e presentes, mas nunca vazia de esperança. Esperança ainda é o sentido maior da vida.
Natal é a maior lição que a vida oferece para buscarmos dentro de cada um de nós o melhor em compreensão e em união, não apenas com os familiares, mas com todos os que nos cercam no cotidiano – um cotidiano cada vez mais apressado e cruel fazendo com que as pessoas olhem cada vez mais fixamente apenas para o próprio umbigo e não como uma maneira de fazer da solidariedade, o presente maior e sempre presente da vida.
Esse é o único presente que o Natal sugere e não só para uma única noite. Quando prestarmos realmente atenção a todas as palavras talvez estejamos prontos paras ressuscitar em uma vida de total e completo amor que é o que se pregou religiosamente e é o que de mais salvador de amor que realmente podemos e devemos oferecer.
No dia - e que não seja só no Natal - em que aprendermos a receber amor também aprenderemos a dar. Só quando esse encontro de palavras e corações puder ser conjugado no plural é que poderemos enfim gritar com verdade o “paz na terra aos homens de boa vontade”. Afinal, os homens de boa vontade somos todos nós. Quando queremos e deixamos. (Eli Halfoun)
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
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