sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

CRÔNICA ------ Futuro presente

Quando o final de ano chegar começarão também as na maioria das vezes inúteis (tão inúteis quanto previsões de astrólogos, pais de santo, mães idem, videntes e crentes... os crentes que estão agradando) e injustas listas de melhores disso, melhores daquilo como se realmente alguém pudesse ser todo o tempo melhor do que os outros. Pode sim, às vezes, fazer um trabalho de maior destaque, mas isso não significa absolutamente que seja melhor do que ninguém. Nem que seja e nem que se sinta.
Nas muitas listas de melhores (reparem só como os nomes de uma mesma categoria, variam de revista para revista, de jornal para jornal) cometem-se muitas injustiças. Na televisão, por exemplo, são indicados sempre atores, atrizes e diretores que participaram da última novela, exatamente a que ainda está na memória de quem “vota”. Quem, por exemplo, participou de uma novela no início de 2010 não é lembrado, quase nunca para nenhuma dessas listas (de 201) de melhores ou de destaques como preferem alguns, o que, convenhamos, faz muito mais sentido e é bem menos pretensioso.
Essa e também a época de fazer planos para o futuro, planos que quase nunca são cumpridos porque, de uma forma ou de outra, dificilmente a realidade permite. Há quem não seja (e sou um deles) do tipo de planejar qualquer coisa porque felizmente aprendem muito cedo que o futuro é hoje. E assim descobrem também que o mais importante é viver cada minuto do hoje intensamente porque só assim se consegue vida plena. Como dizia o velho anúncio de uma antiga loja “não deixe para amanhã o que pode fazer hoje”.
Muitas vezes passamos horas, dias e até meses planejando o futuro e deixamos de viver o presente, de perceber que o futuro é o hoje porque o hoje é sempre o amanhã. Não, não é proibido pensar no futuro. Afinal, não é e nunca será proibido sonhar é planejar o futuro. Renato Russo diz em música que “é preciso amar a todas as pessoas como se não houvesse amanhã”. É preciso aceitar que o futuro é hoje e viver cada dia intensamente porque só assim os trezentos e sessenta e cinco dias do ano serão realmente completos, cheios de vida e amor. Se é hora de pensar e fazer a lista dos melhores é principalmente hora de acreditar que os melhores somos ( ou devemos ser) sempre nós.
* O ano inteiro

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