A crença é uma das mais fortes motivações do sentimento humano. Sempre acreditamos em tudo e estamos em busca de novas realizações, renovadas esperanças e grandes conquistas pessoais. É isso que nos move no dia a dia. Acreditamos até em promessas, inclusive de políticos, mesmo sabendo que não serão cumpridas. Resta sempre e em tudo a esperança.
A crença nos faz acreditar até em horóscopos de jornal, mas só acreditamos quando o horóscopo nos diz o que queremos ler e ouvir. A necessidade de acreditar é uma maneira de renovar esperanças. Acreditamos até em anúncios de remédios milagrosos, especialmente os que curam rapidamente e os que fazem emagrecer (esses estão na moda) num passe de mágica.
Apesar de saber que nenhuma dessas “poções mágicas” fará o efeito desejado, acreditamos. Acreditar faz parte da vida.
Na crença muitas vezes acabamos confundindo coincidências com milagres, avisos espirituais, premonições e “trabalhos” que garantem felicidade e a realização amorosa do que desejamos. Mais uma ilusão dentro da inocente crença do homem.
É preciso saber que coincidências existem sim, mas não são “milagres”. Constantemente somos protagonistas de algumas. Aconteceu comigo: durante anos convive com Chacrinha em uma relação profissional e de amizade. Mantivemos sempre encontros de respeito e admiração. O bom Velho Guerreiro me incentivava, ajudava, aconselhava. Como, aliás, fazia com todos.
Os encontros erram uma troca de idéias e afeto. Ele fazia questão de repetir na despedida: “Olha Eli, estarei sempre ao teu lado”.
Nunca levei ao pé da letra porque sei que a vida e a morte acabam mais dia menos dia separando fisicamente as pessoas.
Recentemente me dei conta de que Chacrinha tinha razão. Nos caminhos descaminhos da vida acabei me mudando para a Tijuca (bairro do Rio) e moro em um edifício que faz esquina com a Rua Abelardo Chacrinha Barbosa – rua que eu nem sabia existir.
Chacrinha está (como previu) ao meu lado, mesmo que seja no nome de uma rua. (Eli Halfoun)
domingo, 11 de dezembro de 2011
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