Em recente entrevista o presidente Lula disse que o governo federal liberará uma grande verba pra cuidar do cada vez maior número de dependentes do crack, a droga maldita (mais maldita do que as outras) que chegou para matar e tem feito vítimas diárias. Está mesmo mais do que na hora de olhar com total atenção para esse assunto muito mais grave do que se possa imaginar. Alerta da psiquiatra Magdala Vaissman, da Universidade Federal do Rio de Janeiro mostra que além de tirar os traficantes de circulação definitivamente é fundamental olhar com cuidados especializados para os viciados. A psiquiatra revela que o crack já substituiu a cola como droga mais usada pela população de rua (é mais fácil de se obter e mais barato) e provoca dependência depois de quatro ou cinco vezes (é a droga que vicia mais rapidamente e se o usuário não parar morre em no máximo cinco anos de uso regular da droga). ”O crack – alerta a psiquiatra – atua muito rápido no cérebro, em dez segundos já faz efeito. Quanto mais rápido uma droga faz efeito, mais rápido torna o usuário dependente”. O usuário de crack está no caminho da morte: “Com uma superdosagem – alerta ainda a psiquiatra – o batimento cardíaco aumenta e pode ocorrer um derrame ou um infarto. Muitas vezes a situação leva ao óbito”. Estudos mostram que o crack tem efeito devastador sobre o cérebro, com todas as suas implicações orgânicas, psíquicas e de comportamento (como o aumento da violência). Portanto está em nossas mãos orientar nossos filhos e esperar que o governo realmente cumpra a promessa de cuidar dos viciados, ou seja, dos hoje doentes, mas amanhã prováveis mortos ou marginais.
UMA PREOCUPAÇÃO MUNDIAL
Não é só o Brasil que deve preocupar-se com as drogas. Essa é uma preocupação mundial que fez a ONU e a Organização Mundial de Saúde entrar na briga com a criação do programa Treatnet (Rede Internacional de Centros de Reabilitação e de tratamento de Drogas) que com seus 20 centros de reabilitação espalhados pelo mundo tem obtido êxito. A luta não é fácil. Documento do Unudoc estima que em nível mundial 205 milhões de pessoas utilizam drogas ilícitas e pelo menos 25 milhões são dependentes. Ao documento diz: “Isso constitui um problema de saúde pública, de desenvolvimento socioeconômico e segurança para países industrializados e em desenvolvimento". O documento diz ainda que “o abuso de substâncias ilícitas e a farmacodependência estão associado a problemas de saúde, pobreza, violência, criminalidade e exclusão social”. Tudo a ver com o Brasil que, aliás, terá um centro de recuperação funcionando em Santo André, São Paulo.
domingo, 13 de junho de 2010
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