domingo, 20 de junho de 2010

BASTIDORES DA COPA- Livro de Drumond ajuda jogadores a fazer um gol de cultura

As notícias sobre a Copa se multiplicam e não só em relação aos jogadores e técnicos. Tem informação sobre tudo e quase todos:
1 - Os atletas da seleção brasileira têm mais um ótimo programa pra as horas de folga: a Editora Record fez questão de enviar para cada jogador um exemplar de “Quando é dia de futebol”, livro que reúne poemas e textos de Carlos Drumond de Andrade e que ao falar de futebol trata de política, carnaval e família. Do livro s jogadores podem extrair ensinamentos como, por exemplo, o desse poema: “Perder é tocar alguma coisa/mas além da vitória/é encontrar-se/ naquele ponto onde começa tudo/ a nascer do perdido/lentamente”. A única dúvida é se os jogadores terão paciência para ler um livro. Mesmo que seja uma obra de arte como esse de Drumond.
2- Não será por falta de torcida que a seleção brasileira deixará de correr em campo: levantamento do Ministério do Turismo mostra que sete mil brasileiros compraram pacotes para assistir a Copa na África. Quatro mil brasileiros estão e3m Joanesburgo e os outros 3 mil na Cidade do Cabo e em Durban (recebe 1 mil brasileiros) onde a comunicação é mais fácil: é em Durban que se concentra a maior colônia portuguesa da África do Sul.
3 – Considerado a grande surpresa da convocação de Dunga o atacante Grafite transformou-se em alvo de grande curiosidade e contará sua vida em livro. O comentarista esportivo Mauro Betting será o autor e narrará a história de Grafite desde os tempos em que catava garrafas plásticas até quando jogava em troca de cestas básicas. Os tempos mudaram: hoje Grafite ganha cinco milhões de euros por ano (cerca de 900 mil reais mensais) e pode aumentar o faturamento se vier a ser escalado por Dunga e mostrar na seleção o bom futebol que o consagrou no exterior.
4 – Apesar do futebol ter muitas estrelas Pelé, o sempre Rei, ainda é o mais procurado para estrelar campanhas publicitárias. No momento está simultaneamente em 12 campanhas (Vivo, Louis Vuitton, Mastercard e Sky, entre outras). Só não faz mais porque continua recusando a fazer propaganda de qualquer tipo de bebida alcoólica. Mesmo assim fatura cerca de 2 milhões de dólares anuais por cada campanha (na Copa de 58 seu primeiro contrato publicitário na Suécia foi de mil dólares). Dos anúncios alguns são exibidos apenas no exterior (Japão, Portugal e Angola). Pelé não tem o menor problema para receber seus cachês no exterior: como “cidadão do mundo” mantém contas bancárias em vários países.
5 – Ricardo Teixeira, o presidente da CBF está de olho na presidência da FIFA, mas não descuida de seus negócios no Brasil: tem adquirido grandes extensões de terras no Centro-Oeste (Goiás e Matogrosso do Sul, principalmente). Quer montar uma empresa de propriedades agrícolas e negocia com vários sócios.
6 – Galvão Bueno pode até não estar gostando da campanha “cala a boca Galvão” que tomou conta do twitter e virou matéria de capa da Veja, mas esperto ele tem, entre um sorriso amarelo e outro mais amarelo ainda, dito para quem quiser ouvir que está achando a brincadeira muito divertida. Brincadeira à parte o narrador da Globo aproveita a Copa para negociar com os africanos a exportação do vinho de sua produção e que leva seu nome. Já conseguiu uma sociedade com a vinícola Miolo da África que distribuirá os vinhos “Galvão Bueno” e mandará para a vinícola do narrador alguns vinhos africanos. Espera-se que a qualidade do vinho “Galvão Bueno” não inspire agora a campanha “fecha a boca Galvão”.

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