segunda-feira, 28 de julho de 2014

Jornalismo precisa conversar com o público para informar mais e melhor



Em bem humorada e sincera entrevista para a repórter-colunista Keila Jimenez da “Folha de São Paulo” o jornalista-apresentador Marcelo Rezende coloca uma questão que precisa ser analisada com urgência e seriedade pela televisão. Ele diz que o jornalismo de bancada está com os dias contados porque o telespectador não quer mais “âncoras engessados” lendo notícias friamente. Está certo sim: mesmo jornalisticamente a televisão ganhou uma agilidade com a notícia e uma tamanha intimidade com o público que se faz mesmo necessário exercer essa intimidade promovendo mais do que simples noticiosos uma conversa entre apresentadores-jornalistas e o público. O telespectador de qualquer nível social está mais maduro e não quer apenas ser informado burocraticamente: quer e precisa participar do noticiário do qual é sempre protagonista aparentemente conversando com quem os apresenta. Marcelo Rezende já faz isso (e bem) no “Cidade Alerta” e de certa forma faz um alerta para todas as emissoras ao mostrar que é preciso buscar um novo e mais informal caminho, com, aliás, o “Fantástico” também já faz em suas edições dominicais. Não tenho dúvida de que (só para citar dois nomes) William Bonner e Patrícia Poeta seriam melhor aceiros se não fossem obrigados a ficar presos na bancada (um olhando para o outro com cara de bobo) se pudessem conversar melhor e mais descontraídos com o imenso público do “Jornal Nacional”. Jornalismo é todo mundo sabe coisa séria, mas não perde a credibilidade e a seriedade quando é exercido de maneira mais solta, ma sempre muito responsável no dever de informar bem e sem exageros.  (Eli Halfoun)

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