Em bem humorada e sincera entrevista
para a repórter-colunista Keila Jimenez da “Folha de São Paulo” o
jornalista-apresentador Marcelo Rezende coloca uma questão que precisa ser analisada
com urgência e seriedade pela televisão. Ele diz que o jornalismo de bancada
está com os dias contados porque o telespectador não quer mais “âncoras engessados”
lendo notícias friamente. Está certo sim: mesmo jornalisticamente a televisão
ganhou uma agilidade com a notícia e uma tamanha intimidade com o público que
se faz mesmo necessário exercer essa intimidade promovendo mais do que simples
noticiosos uma conversa entre apresentadores-jornalistas e o público. O
telespectador de qualquer nível social está mais maduro e não quer apenas ser informado
burocraticamente: quer e precisa participar do noticiário do qual é sempre
protagonista aparentemente conversando com quem os apresenta. Marcelo Rezende já
faz isso (e bem) no “Cidade Alerta” e de certa forma faz um alerta para todas
as emissoras ao mostrar que é preciso buscar um novo e mais informal caminho, com,
aliás, o “Fantástico” também já faz em suas edições dominicais. Não tenho
dúvida de que (só para citar dois nomes) William Bonner e Patrícia Poeta seriam
melhor aceiros se não fossem obrigados a ficar presos na bancada (um olhando
para o outro com cara de bobo) se pudessem conversar melhor e mais
descontraídos com o imenso público do “Jornal Nacional”. Jornalismo é todo
mundo sabe coisa séria, mas não perde a credibilidade e a seriedade quando é
exercido de maneira mais solta, ma sempre muito responsável no dever de
informar bem e sem exageros. (Eli Halfoun)
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