Amanhã é o último dia do que se
decidiu chamar de a Copa das Copas. Terminam os jogos em campo para dar início
a uma longa discussão em torno do que aconteceu, especialmente sobre o fracasso
histórico da seleção brasileira, o que nunca ninguém por mais que criem teses
conseguirá explicar, compreender e aceitar. A discussão maior será sem dúvida
em torno de uma necessária reforma nos métodos da seleção que precisa renovar
quase tudo o que nos fez tetracampeões sem esquecer que ainda temos com a bola
nos pés um futebol mágico que encantou e com o tempo voltará a encantar o
mundo. É fim de jogo, mas restaram algumas firulas de bastidores. Confira:
1) Em primeiro lugar fica uma
pergunta: se a seleção brasileira incluiu quatro de seus jogadores (Thiago
Silva, David Luiz, Oscar e Neymar?) no time dos melhores da Copa, segundo
ranking feito pela Fifa com base dos jogos realizados até as semifinais como
entender o terrível “apagão” que nos condenou e que nos abateu na partida
contra a Alemanha. É impossível entender, embora agora esteja sendo mais fácil
de engolir;
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2 ) Cafu, o último capitão da seleção
a erguer a taça da Copa, foi desrespeitado e destratado pela CBF (leia-se
ex-presidente Marin): ao final da partida contra a Alemanha Cafu foi ao
vestiário para dar uma força aos nossos evidentemente abatidos jogadores. Não ficou: imediatamente
foi convidado as retirar-se pelo arrogante presidente da CBF. Ainda tentou
argumentar que não era um estranho
estava ali apenas para apoiar os colegas, mas ainda assim foi colocado para fora porque “era uma pessoa
estranha”. É essa falta de respeito pelos que tanto fizeram por nosso futebol que talvez
enfraqueça ainda mais a e a seleção;
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3) O técnico do México decidiu
capitalizar literariamente sua participação na Copa: vai escrever um livro
sobre seus anos como jogador e como técnico incluindo é claro a experiência que
viveu no Brasil até o México se eliminado pela Holanda;
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4) A Fifa tem muitos motivos para
estar encantada com a Copa 2014 e um deles (talvez o principal) é o fato do
Brasil ter sido o primeiro país-sede a
conceder total isenção de impostos para a
Fifa. Com essa “bondade!” o Brasil deixou de arrecadar R$ 1,1 bilhão em
impostos. Em 2006 a Alemanha não abriu mão dos impostos aos quais tinha direito
e arrecadou para o país R$B 326 milhões em impostos. Na África a isenção de
impostos pra a Fifa foi apenas parcial, mas como o Brasil está nadando em
dinheiro deu uma de bonzinho. Impostos (e muitos) aqui só o povo paga;
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5) Não é só no futebol jogado em
campo que a Copa deixa o Brasil no prejuízo: a certeza de que estaríamos na
final e seríamos hexa fez o comércio encher as prateleiras de produtos que lembram a seleção. Resultado:
estão todos encalhados gerando para o comércio um também histórico prejuízo;
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6) Mesmo sem ter assumido ainda a
presidência da CBF Marco Polo de Nero já faz jogo duro em relação a utilização
símbolo da entidade em camisas e quaisquer outros objetos e avisa que mandará
cassar judicialmente qualquer produto que utilizar indevidamente o tal escudo;
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7) Quem acompanha Copa há muito tempo
não tem dúvidas em afirmar que com a preparação a que vem se submetendo os Estados
Unidos poderá papar com facilidade os títulos de muitas Copas. Estrutura e seriedade
para isso os americanos tem de sobra;
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8) A partida na qual a Alemanha desclassificou
em vários sentidos o Brasil foi uma goleada
histórica também em audiência de televisão: a emissora alemã ZDF teve picos de
87,8% registrando o maior índice de sua história superando a grande audiência
que tinha alcançado na Copa da África;
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9) Quinze das trinta duas seleções
que disputaram a Copa foram dirigidas por técnicos de outros países, mas embora
muito sugerida essa possibilidade dificilmente acontecerá no país ´ mesmo que
seja apenas para sentir o gostinho de renovação. O técnico da nossa seleção
será sempre um brasileiro: no momento dois nomes estão nos planos do atual e do
já eleito futuro presidente da CBF. Enquanto atual José Maria Marin pensa em
Tite, o próximo presidente Marco Polo Del Nero não esconde sua predileção por
Murycy Ramalho. Isso é claro se Felipão não continuar, hipótese que ainda não está
totalmente descartada. (Eli Halfoun)
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