segunda-feira, 14 de julho de 2014

Hora de abrir as portas da Copa para os novos em seus países


A conquista da Copa pela seleção alemã foi de inteira justiça. A Alemanha apresentou o melhor futebol em uma Copa que surpreendeu pela qualidade de seleções nas quais ninguém levava a menor fé e na derrota de um Brasil antes consagrado e que sofreu o maior vexame de sua história. A hora é de começar a escrever imediatamente uma nova história já que dos 23 jogadores brasileiros convocados agora em 2018 na   Copa da Rússia se a gente chegar lá não terão mais idade e provavelmente nem futebol para disputar uma nova Copa. O momento do Brasil é de ficar de olho no futuro e não só no futebol. Felipão já está fora e é mais do que necessário encontrar imediatamente um novo e competente técnico para que não percamos tempo como, aliás, sempre fizemos. A Copa deixou boas lições que precisamos aprender e desenvolver. O prêmio ao futebol da Alemanha não pode ser contestado por ninguém nem mesmo pelos argentinos que chegaram muito mais longe do que realmente esperavam.
 Se houve justiça na conquista alemã não me parece que a mesma justiça tenhas sido praticada na escolha de Lionel Messi como o melhor jogador do torneio. Messi é craque, mas em nenhum momento nessa Copa mostrou o brilhante futebol que o consagrou como o melhor do mundo. Não que tivesse estado muito ruim, mas em nenhum jogo foi muito bom e acima da média. A impressão é que seu prêmio não chegou a ser de consolo, mas foi uma maneira de premiar o esforço de um atleta que deve ter atuado todo o tempo em condições físicas abaixo das que a qualidade de seu verdadeiro futebol realmente precisa. De olho no futuro precisamos estar atentos aos avanços técnicos e físicos que o nosso Neymar, a grande esperança para 2018 precisará ter e mostrar.

Talvez seja até o momento de convocar mais jogadores que atuam no Brasil para que tenhamos um futuro garantido dento de casa. Aliás, para mim a Copa do Mundo teria mais graça se fosse assim: só jogadores que atuam nos países competidores (e não os que lá nasceram) poderiam ser convocados para a competição. Os craques (quase todos) que jogam em outros centros deveriam ter um número limitado porque continuam sendo cidadãos dos países em que nasceram, mas não são mais os craques desses países. Messi, por exemplo, não é um craque da Argentina. É craque da Espanha, mesmo tendo nascido na Argentina. Robben é craque, mas também não é um craque da Holanda, onde nasceu, mas um craque o futebol inglês. Para que os países voltem a ter craques atuando em seus campos é preciso criar mecanismos para que ganhem ainda cedo a experiência das grandes competições e dos grandes times de seus próprios países. Do contrário a Copa do Mundo será sempre uma salada mista de jogadores que não tem muito nada a ver com os países em que nasceram. Nem que para isso seja necessário criar uma Copa paralela.  (Eli Halfoun)

Nenhum comentário:

Postar um comentário