quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Milton Neves: um torcedor apaixonado que aprendeu a faturar falando

O apresentador esportivo Milton Neves não está entre os mais queridinhos da chamada imprensa esportiva que o critica constantemente. As críticas são sempre pelo fato de Milton ter se transformado no “rei do merchandising” (comercializa quase todos os espaços e cobra caro para avalizar um produto). O fato de ter se assumido honestamente como o “rei do merchandising” não faz de Neves um “pecador jornalístico”. Pelo contrário: mostra que ele tem credibilidade entre os anunciantes e é também um eficiente vendedor de espaços e talvez até de opiniões (esse sim seria um pecado jornalístico). Podem criticar (muitas vezes exageradamente) Milton Neves até por sua conduta, mas nenhum crítico pode negar que ele é um competente apresentador-animador de tudo o se relaciona com o futebol. No comando do Terceiro Tempo (Bandeirantes) Milton consegue dar ao programa o calor que a torcida gosta. Ele tem jeito de torcedor e como todo o apaixonado torcedor, vê o que é mais conveniente para botar lenha na fogueira do programa. Nunca parece muito preocupado em fazer com que seus comentários sejam levados a sério: abre a boca e fala como torcedor e não como um comentarista que como quase todos outros quer ditar as regras de uma partida e no fundo ser pó mais competente técnico de qualquer time, o que só consegue mesmo na teoria: dentro de campo o jogo é outro e bem diferente. Milton Neves é acima de tudo um brincalhão e costuma ser com diversão de torcedor que conduz todos os seus. Atinge e compactua com o torcedor em cheio. É por isso que consegue ser o “rei do merchandising” e certamente mata os coleguinhas da imprensa esportiva de inveja. (Eli Halfoun)

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