quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Natal: Papai Noel perde espaço para a sensibilidade nos anúncios

Quem acompanha os anúncios que tomam conta da televisão no período que antecede o Natal percebe nitidamente que nos últimos anos Papai Noel o bom velhinho (bom só para as crianças que recebem os presentes que pedem) está perdendo espaço como “garoto-propaganda”. A publicidade brasileira e talvez a mundial, sacou que Papai Noel está deixando de ser uma digamos referência para a venda de qualquer tipo de produto. Papai Noel está cada vez mais desacreditado e sem crédito no mercado consumidor não consegue mais vender nem bolinhas de gude. Bom para a publicidade que assim consegue exercer mais e melhor a criatividade utilizando nos comerciais o verdadeiro sentido e espírito de união que o Natal exige e permite. Os anúncios estão cada vez mais criativos, sensíveis e bonitos. Pelo que se viu até agora dificilmente um comercial conseguirá superar a beleza e sensibilidade do comercial do panetone Bauducco (aquele que mostra uma meninha levando um panetone para a sua esquecida boneca). Esse é também não tenho dúvidas o anúncio que resumiu o espírito de Natal na frase mais bonita dos comerciais veiculados nos últimos anos: “O que a vida separa o Natal aproxima”. É assim que funciona e deveria funcionar cada vez mais.
Merece destaque também a mensagem da Rede Globo, que deixou de lado aquele “carnaval” que costumava fazer e mesmo utilizando a velha, mas marcante música de Nelson Motta e Marcos Valle inovou com um belíssimo arranjo, com discreta participação (pela primeira vez) de Roberto Carlos. O resultado final é uma mensagem que finalmente até que emociona e prende a atenção do público. É uma emoção que dessa vez nem o elenco formando um cora de famosos conseguiu disfarçar (não precisou representar) e que a presença de Roberto Carlos (pela primeira vez) Carlos, também fazendo uma bela e singela interpretação transformou na mais bela mensagem veiculada até hoje pela Globo. Felizmente a cada vez maior violência (e não só física) do homem não conseguiu atingir o espírito de bondade, paz e solidariedade do Natal. Nem conseguirá. (Eli Halfoun)

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