domingo, 30 de janeiro de 2011
A dura vida do torcedor nas derrotas e também nas vitórias
É dura a vida de torcedor de futebol. A vítima do momento é a torcida do Vasco (to nessa) alvo da gozação de todas as outras torcidas e de uma decepção que não é nenhum privilégio. O que os torcedores vascaínos sofrem e sentem agora é o mesmo que todas as outras torcidas já enfrentaram. Futebol é como a vida, ou seja, num dia é de sucesso, o outro de fracasso. Na temporada de sucesso o vitorioso torcedor se considera campeão de tudo - um vencedor eterno, como se a derrota não existisse. Existe e um dia chega e nesse momento o torcedor é um frustrado como o próprio time, um fracassado sem ânimo para continuar torcendo, gritando, chorando, aplaudindo e vivendo. Nesse aspecto mais dia, menos dia os times vestem a mesma camisa: se hoje é o torcedor vascaíno que pena, ontem foi o do Flamengo, Fluminense, Botafogo. Na paixão do futebol todo dia é dia de um espetáculo diferente, inclusive emocionalmente. É nesse momento que a torcida (torcida de qualquer timer deve se fazer mais forte, mais apaixonadamente esperançosa de que um novo tempo de vitórias chegará. A tradição do Vasco da Gama e, espera-se, o empenho de seus dirigentes e a força de sua torcida jamais permitirão que um clube (e time) como o Vasco seja definitivamente um perdedor. Derrotas virão sempre. Para o Vasco, Flamengo, Fluminense, Botafogo. É isso que faz do futebol um esporte apaixonado e apaixonante. Estar sempre em busca da vitória, do grito de gol e da possibilidade de “pegar no pé” de outro torcedor que garante fora e dentro de campo a magia maior do futebol. No campo da bola como no campo da vida jamais haverá grandes vitórias se elas não forem precedidas de derrotas e, portanto, de lutas. Uma luta da qual o Vasco sairá uma vez mais vitorioso. Para o bem do futebol e de sua sempre presente torcida. (Eli Halfoun)
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