A mulher alta, magra, elegante, muito bonita, loura de olhos claros passa e chama atenção (no fundo é o que as mulheres sempre querem) dos homens reunidos na esquina. Um deles imediatamente comenta: “que bonita. Isso é que é mulher”. Minutos depois passa outra mulher – essa é mais cheinha, gordinha (abro um parênteses para dizer que tenho um amigo – todo mundo tem – que só se relaciona bem com as gordas) e outro homem comenta: “Mulher é isso aí. Tem carne. Dá para encher a mão com bons pedaços de carne feminina” Minutos depois entra em cena a negra tanajura com um bundão imenso e deformado e o comentário masculino é inevitável: “que carroceria. É um banquete para rechear qualquer mesa e qualquer cama”.
Esses são exemplos comuns nas conversas geralmente machistas entre homens e servem para mostrar com clareza que não existe um padrão de beleza feminina, aliás, de beleza nenhuma. A beleza está sempre na maneira como olhamos as pessoas e as coisas: para muitos aquela baixinha gordinha ou aquela magrinha com ossos aparentes (seria ótima para estudo de anatomia) podem ser “beleza pura” para uns e. um horror para outros. Gosto não se discute (às vezes se lamenta), mas é verdade que a mídia (as revistas principalmente) impôs um padrão de beleza que acabou virando o ideal de todas as mulheres e homens. A partir daí foi imposta também a era dos regimes sacrificados com alimentação racionada (como se normalmente ela já não fosse um país de mínimo salário mínimo). O que é supostamente saudável (essa é outra imposição) ficou fundamental e obrigatório, mesmo que o paladar reaja. Paras a maioria da população comer, comer, comer já seria a dieta certa, mas nas revistas estão expostas as mulheres magras e bonitas dos tempos modernos.
Mas o que a mídia expõe são mulheres magras, sinônimo da beleza feminina dos tempos modernos. Houve época emas gor4daseque faziam a festa e essas magrinhas de agora não dariam nem para a saída: o momento é e de encher academias de ginásticas onde mulheres (e também os homens) buscam mais do que saúde adequar-se ao imposto padrão de beleza atual.
É uma corrida louca, não importam os sacrifícios exigidos, em busca do padrão de beleza. Assim as próprias mulheres acabam esquecendo que a gordinha de ontem pode desagradar o parceiro se um dia aparecer magrinha, transformando-se em outra mulher - uma mulher com novo corpo e também personalidade também imposta pelos exigido sacrifícios da magreza. A mulher que vira escrava da balança perde o paladar e muitas vezes a identidade, deixando de curtir muitas coisas com o parceiro e com os amigos.
O padrão de beleza magra, esbelta, elegante – como se todas as pessoas tivessem a obrigação de apenas desfilar pela passarela da vida e não de viver plenamente todos os gordos momentos da vida. A vida não é uma passarela e o que é feio para alguns será inevitavelmente bonito para outros. Beleza não tem padrão e seremos sempre belos.
Desde que saibamos olhar (e não sós fisicamente) para o espelho. Para nós mesmos.
sábado, 20 de novembro de 2010
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