Mais uma vez Roberto Carlos aparece
no noticiário com uma tesoura na mão para cometer um brutal ato de censura
(qualquer censura é brutal e absurda). Pode ser que agora RC não seja o protagonista
da história e q eu esteja apenas
atuando por trás da cortina. O fato é que a Sony Music, que detém os direitos
autorais das músicas de Roberto pediu judicialmente a proibição de uma inserção
de campanha eleitoral co0m Tiririca imitando Roberto em uma paródia da música
“O portão”, composta em parceria com Erasmo Carlos. Roberto e a Sony devem sim
brigar para preservar a obra musical do mais popular compositor e cantor do
país, mas paródias sempre foram válidas, e sempre usadas politicamente porque representam
ao longo da história uma inteligente e bem humorada maneira de protestar
cantando e, portanto, sem violência. Mesmo que Roberto nada tenha a ver
diretamente com esse episódio a verdade é que desde que proibiu as biografias
ele ficou com a fama de censor. É como o mordomo da história policial: ele será
sempre o culpado ou no míni9mo o principal suspeito.
Faltou e falta bom humor no episódio:
Roberto e a Sony podem não ter gostado do indevido aproveitamento de uma música
de sucesso, mas queiram ou não o comercial político estrelado por Tiririca é
bem humorado e oportuno. A letra paródia diz: “Eu votei, de novo vou votar. Tiririca
Brasília é o seu lugar”. Se tivessem
feito menos carnaval em torno da paródia ela nem teria aparecido tantos até
porque horário eleitoral só serve para espantar o público da televisão Roberto
e a Sony sabem disso e nesse momento o melhor seria fechar to portão e parta
ignorar a bem bolada brincadeira que ganhou ares de coisa séria mesmo sem ser.
(Eli Halfoun)
Nenhum comentário:
Postar um comentário