domingo, 24 de agosto de 2014

Tiririca abriu o portão, Roberto Carlos entrou e comprou mais uma briga inútil


Mais uma vez Roberto Carlos aparece no noticiário com uma tesoura na mão para cometer um brutal ato de censura (qualquer censura é brutal e absurda). Pode ser que agora RC não seja o protagonista da história e q    eu esteja apenas atuando por trás da cortina. O fato é que a Sony Music, que detém os direitos autorais das músicas de Roberto pediu judicialmente a proibição de uma inserção de campanha eleitoral co0m Tiririca imitando Roberto em uma paródia da música “O portão”, composta em parceria com Erasmo Carlos. Roberto e a Sony devem sim brigar para preservar a obra musical do mais popular compositor e cantor do país, mas paródias sempre foram válidas, e sempre usadas politicamente porque representam ao longo da história uma inteligente e bem humorada maneira de protestar cantando e, portanto, sem violência. Mesmo que Roberto nada tenha a ver diretamente com esse episódio a verdade é que desde que proibiu as biografias ele ficou com a fama de censor. É como o mordomo da história policial: ele será sempre o culpado ou no míni9mo o principal suspeito.

Faltou e falta bom humor no episódio: Roberto e a Sony podem não ter gostado do indevido aproveitamento de uma música de sucesso, mas queiram ou não o comercial político estrelado por Tiririca é bem humorado e oportuno. A letra paródia diz: “Eu votei, de novo vou votar. Tiririca Brasília é o seu lugar”.  Se tivessem feito menos carnaval em torno da paródia ela nem teria aparecido tantos até porque horário eleitoral só serve para espantar o público da televisão Roberto e a Sony sabem disso e nesse momento o melhor seria fechar to portão e parta ignorar a bem bolada brincadeira que ganhou ares de coisa séria mesmo sem ser. (Eli Halfoun)

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