Eduardo Campos não era meu candidato,
mas nem por isso deixei de acompanhar sua trajetória política e de admirá-lo
por sua franqueza e principalmente pela demonstrada preocupação com o futuro do
país. Ele sabia que não seria
eleito agora, mas sabia também que a Presidência da República estava no caminho
de seu futuro político. Era jovem e tinha muito a aprender e com o que colaborar.
A fatalidade (sempre ela) interrompeu o caminho de Campos. A política brasileira
ficou triste. Mais vazia.
É cedo para prever o que o PSB fará
agora na corrida presidencial: o mais provável, segundo políticos experientes é
que Marina Silvas ocupe o lugar de Campos na corrida presidencial, mas o PSB sabe
que isso o enfraquece: Marina tem até entre os que apoiavam Campos uma grande rejeição
especialmente por causa de suas rígidas posições religiosas, que mesmo que não
se misturem com política, sempre influenciam no comportamento do candidato.
O momento será de muitos arranjos e
de discutir o futuro político do PSB, mas para mim o mais importante no momento
é chorar e lamentar a trágica despedida de um brasileiro que jogava para e pelo
time. O Brasil não perdeu só um grande homem. Perdeu um grande homem (Eli
Halfoun)
P. S. A Globo transferiu para a próxima semana as
entrevistas dos presidenciáveis Dilma Roussef e pastor Everaldo na bancada do
Jornal Nacional. O esquema será mantido com perguntas contundentes feitas por
William Bonner e Patrícia Poeta. Por uma questão de respeito a orientação é a
de não tocar na trágica morte de Eduardo Campos em nenhuma das duas entrevistas
que como as de Aécio e de Campos terão quinze minutos de duração. (E. H.)
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