domingo, 26 de janeiro de 2014

Discussões sobre o final de "Amor à Vida" confirmam o sucesso da novela

Pode parecer falta de assunto, mas não é: essa semana chamada de decisiva terá o final de “Amor à Vida” como um dos mais presentes temas de conversas e discussões. Não é alienação e nem falta de assunto: novelas passaram a ter tanta importância (ou mais) no cotidiano do povo quanto a política, a economia, a eleição, a conduta dos políticos, os roubos vergonhosos, enfim assuntos que estamos cansados de saber que não tem solução, simplesmente porque não deixam ter. Novelas podem arrastar-se durante meses, mas sempre tem um final, mesmo que não seja exatamente o que queríamos ou imaginávamos. Nessa semana de reta final “Amor à Vida” confirma que o novelista Walcyr Carrasco estreou muito bem no mais cobiçado horário de novelas e assim passou a fazer definitivamente parte de um seleto primeiro time de novelistas globais do qual fazem parte, entre outros, Aguinaldo Silva, Gilberto Braga. João Emanuel Carneiro, Glória Perez e Benedito Ruy Barbosa. Carrasco estreou no chamado horário nobre trazendo boas experiências de outros horários nos quais emplacou alguns sucessos. Em “Amor á Vida” ele parece ter se imposto a responsabilidade de colocar vários assuntos em discussão, o que fez. De saída transformou um vilão em quase herói no final mostrando que quando se quer é sempre possível regenerar-se, embora isso não apague os malfeitos do passado. Talvez o acerto maior de Carrasco tenha sido o de mostrar que os tempos realmente mudaram e que a sociedade já aceita casais de todos os tipos e que o assunto pode e deve ser tratado naturalmente inclusive na televisão. Envolvimentos gays já foram mostrados em outras novelas, mas pela primeira vez uma novela tratou o assunto se medo e como um casal convencional (homem e mulher): as relações gays de “Amor à Vida” realmente tiveram amor e vida, ou seja, tudo o que faz parte de um relacionamento afetivo convencional: filhos, desentendimentos, ciúmes, admiração, raiva momentânea, enfim vida com amor. É claro que como em qualquer trabalho Carrasco mereceu críticas, mas ainda assim os elogios e acertos foram maiores e continuam dando para “Amor à Vida” uma das melhores audiências do horário, que foi bastante reforçada pelas boas atuações de um excelente elenco no qual Mateus Solano, Tatá Werneck e Elizabeth Savalla foram os destaques. (Eli Halfoun)

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