domingo, 1 de setembro de 2013
Uma nova realidade que está nascendo da esperança
São tantos os golpes (isso sem falar na corrupção) dos quais tomamos conhecimento ou nos tornamos vítimas que nos transformamos em um país de desconfiados. É preciso desconfiar sim, ou seja, não dá mais para ser ingênuo (ou burro) e confiar em todos. Desconfie da própria sombra porque até ela pode se bobear te passar a perna. É essa desconfiança que ainda faz com que muita gente não acredite de verdade na honestidade da arrecadação (uma arrecadação que, aliás, mostra o quanto os brasileiros são generosos e preocupados com o próximo). É verdade que já fomos vítimas de muitos desvios e falcatruas em ações beneficentes, mas é verdade também que há quem não acredite no “Criança Esperança” simplesmente porque é da TV Globo e ainda existem muitos telespectadores que acham que tudo na Globo é mentira e abominam a emissora, mesmo que lhe dêem a liderança disparada e absoluta de audiência.
O “Criança Esperança” está no ar faz 38 anos e convenhamos ninguém mantém um movimento social respeitado por tanto tempo se não estiver direcionando o dinheiro e a atenção ao destino certo e adequado. Não tenho dúvidas de que o “Criança Esperança” é muito mais do que 8uma perfeita ação social realizada nesse país de tantas enganações e mentiras. A financeiramente poderosa Rede Globo não precisa desviar o dinheiro de ninguém e convenhamos que se não fosse assim teia conquistado respeito e credibilidade sem colocar seu nome e trajetória em jogo por um dinheiro fácil e desonesto. Precisamos sim continuar desconfiando de movimentos sociais que prometem, mas não cumprem. O “Criança Esperança” está definitivamente fora dessa. É mais do que esperança apenas para o futuro de milhares de crianças. É a esperança de que possamos parar de desconfiar de tudo e de todos. O Brasil precisa deixar de ser um país só de esperança. É preciso e com urgência construir uma nova realidade. Como o “Criança Esperança” tem feito. (Eli Halfoun)
P. S., - Em sua nova edição a Globo abriu mão do super-espetáculo que lhe consumia milhões e dava um trabalhão, substituindo-o praticamente por um programa musical que só não foi comum por conta da escolha do repertório e da mistura de cantores formando na maioria das vezes duplas que se encaixaram perfeitamente. Foi mais uma prova de que não é preciso fazer malabarismos visuais parta produzir um bom espetáculo. (E. H.)
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