domingo, 1 de setembro de 2013
"Maridos de aluguel": uma nova oferta de quebra-galhos no mercado de trabalho
A chamada mão de obra especializada (bombeiros hidráulicos, eletricista, pintores e pedreiros) está perdendo espaço no mercado de trabalho. Agora todo marido (e até as esposas) faz questão de aprender a fazer pequenos reparos (trocar carrapetas, instalar tomadas, pintar uma parede e até levantar um muro) para ficarem livres dos altíssimos preços que os profissionais do ramo cobram por um servicinho qualquer. Além do mais nessa variada era tecnológica é na maioria das vezes muito mais barato comprar uma cafeteira ou um ferro elétrico novo do que mandar consertar o que quebrou: o preço de um novo aparelho é praticamente o mesmo dos praticados pelos profissionais especializados. O resultado é que uma nova categoria de serviço é oferecida em número cada vez maior: são os novos maridos de aluguel, ou seja, profissionais que cobram por hora para realizar os pequenos serviços que os maridos que pagam o aluguel empurram com a barriga para não fazê-los nos finais de semana, dias de pelada, praia e cerveja com os amigos no boteco da esquina. Maridos de aluguel, ou seja, os novos quebra galho, não oferecem a mesma garantia de um profissional dito especializado, mas mesmo assim são cada vez mais requisitados. Em São Paulo e no Rio multiplicam-se ofertas as empresas de maridos de aluguel que já oferecem também serviços para pequenos jantares e até para lavar e passar roupa. Maridos de aluguel são na verdade uma imposição do mercado desde que os profissionais especializados passaram a cobrar por qualquer serviço os olhos da cara. O consumidor abriu o olho e tem preferido acumular pequenos reparos para chamar um marido de aluguel pelo menos de dois em dois meses. Ser marido já é profissão e não precisa ser exatamente e só o de aluguel. (Eli Halfoun)
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