Nossos jardins precisam voltar a receber românticos piqueniques

Não perdemos essa pobreza (só pode ser complexo de inferioridade) de valorizar apenas o que é de fora: em recente capítulo a novela “Viver a Vida” mostrou por longos minutos o piquenique de Miguel e Luciana em um jardim parisiense. Tudo bem que Paris é uma cidade linda e tem jardins públicos bem conservados, mas o Rio não ficaria atrás se também cuidasse como deveria de suas praças e jardins geralmente transformados em “esconderijo” de bandidos, “casa” de mendigos ou banheiro público. Aqui realmente e impossível fazer um daqueles românticos piqueniques como há alguns anos ainda era possível pelo menos na bela Quinta da Boa Vista, hoje entregue ao abandono total em seu interior e transformada em “vitrine” de prostituição, principalmente de travestis, ao seu redor. Quem ousar fazer piquenique em uma de nossas praças ou jardins além de ter que conviver com uma nociva falta de higiene corre o risco de ficar sem a merenda, a cestinha de vime, o relógio a carteira e o par de tênis mesmo que seja falsificado (geralmente é) e se bobear acaba num no meio do mato obrigado a bancar um desprotegido Adão protegendo o que lhe, ou seja, o corpo com uma folha que não precisa ser exatamente de parreira. Como o ladrão já terá levado a comida, inclusive a maça guardada para a sobremesa pelo menos não correrá o risco de dar na maça a mordida traiçoeira sugerida por sua Eva.