quarta-feira, 12 de maio de 2010
Galinha dos ovos de ouro existe. É uma gaivota
Uma refeição composta de omelete e água mineral é comida de pobre de baixio custo. Já foi assim, mas agora uma omelete pode custar no mínimo US$ 150, mesmo que os ovos não sejam da “galinha dos ovos de ouro". Esse é o preço mais baixo cobrado pelo restaurante Boisdale, em Londres. Não é uma omelete qualquer: é feita com ovos de gaivota-cabeça-preta (nada a ver com galinha preta de macumba) que são colhidos apenas uma vez por no e custam US$ 15 a unidade. A omelete criada pelo chef Neil Churchll tem temperos e recheio caprichados como lagosta escocesa, siri e trufas italianas, além de aspargos ingleses e uma taça de champanhe para acompanhar. O restaurante justifica o preço cobrado no cardápio com o custo dos ingredientes: para fazer uma omelete o restaurante gasta US$ 65 e faz questão de manter a receita de preparo tão esmerado em segredo, o que não faz muita diferença: com esse preço ninguém ousará preparar uma dessas omeletes em casa. Se após a refeição a sede apertar e o freguês quiser uma água mineral pode optar pela Bing H2O, a mais cara do mundo. A água é uma criação do roteirista americano Kevin G Boyd que criou também garrafas de vidro decoradas manualmente com cristais Swarovski. A água é engarrafada nas fontes naturais de Dandridge, no Tenesse. Depois passa por um processo de purificação de nove etapas, incluindo ozônio, ultravioleta e micro filtragem. Cada garrafa custa R$ 135 e tem quem pague. Água com essa qualidade faz bem à saúde, mas deixa o bolso doente.
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