quarta-feira, 26 de maio de 2010
Aposentados podem ficar no ora veja do aumento de 7,7%. É a corda arrebentando do lado mais fraco
Sabe aquela velha história de que a corda arrebenta sempre do lado mais fraco? Pois ela ameaça acontecer outra vez se o presidente Lula aceitar a sugestão dos ministros Guido Mantega, da Fazenda, e Paulo Bernardo, do Planejamento, de vetar o aumento de 7.7% aprovado no Congresso para os aposentados. Eles que supostamente entendem das problemáticas contas de um país de estranha matemática acham que o governo deve bater o pé e manter o aumento de 6,14% proposto inicialmente pelo próprio governo. A alegação é, como sempre, que o aumento de 7.7% para quem ganha mais (nem tão mais assim) do que um salário mínimo como aposentado pode complicar as contas do país. Talvez saibam o que estão dizendo, mas de qualquer maneira fica difícil entender como uma pequena diferença de pouco mais de 1% pode complicar tanto o orçamento de um país que gasta muito mais no que é realmente necessário e deixa escorrer pelo esgoto (inclusive o da Previdência) milionárias quantias da corrupção desenfreada que ainda se instala por aqui. É até louvável que os dois ministros estejam preocupados com o futuro do país, mas fica uma pergunta para a qual parece não haver – e não é de hoje – resposta: quem se preocupa com o presente e o futuro dos aposentados que com o que recebem atualmente certamente não terão um futuro muito longo já que nem medicamentos podem comprar.
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