quinta-feira, 20 de maio de 2010
Maconha e aborto: uma velha discussão novamente em foco
Entrevistada no programa Painel da RBS, em Porto Alegre, Marina Silva, pré-candidata do PV à Presidência, colocou novamente em foco a velha discussão em torno da liberação da maconha e da legalização do aborto, assuntos que têm sido propostos para uma séria discussão há muito tempo, mas que continuam dividindo opiniões e não permitem uma decisão. São sem dúvida dois temas que permitem as mais variadas opiniões A mais corrente é a de que liberação da maconha levaria a uma inevitável diminuição do tráfico. Não é bem assim: agora o consumidor está interessado em drogas mais pesadas até porque qualquer um pode plantar seu pezinho de maconha em um vasinho qualquer dentro de casa, o que não é aconselhável (droga nunca é aconselhável para nada), mas já se tornou prática comum. Marina Silva não é favorável à legalização da maconha, mas mesmo assim defende uma necessária e democrática discussão em torno do assunto e até propõe um plebiscito já que “existem pessoas sérias favoráveis a legalização”. A outra difícil questão proposta para uma ampla discussão é a legalização do aborto, prática criminosa, mas que é praticada a três por dois em consultórios de fundo de quintal e em clínicas de luxo. O aborto é tema que envolve muitos aspectos (religiosos, filosóficos, éticos e morais) que tem levado o assunto a uma discussão sem fim e, portanto, sem solução. A pré-candidata do PV tem razão quando diz que a sociedade precisa ser ouvida, mas nem assim o assunto será tirado definitivamente da pauta de discussões: as opiniões do povo estão divididas, embora até aqueles que não concordam com a legalização do aborto continuem permitindo que suas mulheres, namoradas e amantes, recorram a essa prática clandestinamente, o que é uma hipocrisia. Hipocrisia, aliás, tem sido uma prática comum na sociedade moderna.
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