sexta-feira, 3 de maio de 2013
CONTO --------- Chora nenem
Quando Orlando trocou o interior do Ceará pelo Rio só tinha duas idéias na cabeça: fazer sucesso como modelo e "comer todas as menininhas". Não seria muito difícil para ele. Estatura mediana, olhos verdes e bem falante, levava mesmo jeito para ser modelo e tinha, além da boa pinta, um papo desses do qual, vangloriava-se, "nenhuma mulher escapa". Foi assim convencido de que seria rapidamente um sucesso na "cidade grande" que Orlando desembarcou na rodoviária do Rio, depois de quase trinta horas de viagem num ônibus que nem era dos mais confortáveis. Mesmo assim, desembarcou arrumadinho, como sempre gostava de andar, barbeado e sorridente. Estava, pra falar a verdade, deslumbrado - deslumbramento que só diminuía quando colocava a mão no bolso e descobria que não tinha mais do que uns míseros trocados para começar a se virar.
"Tudo bem - pensou - daqui a pouco arranjo uma mulher pra me dar boa vida". Já tinha informações de que o melhor lugar para se hospedar seria num dos baratinhos e populares hotéis da Lapa, aonde com a única e velha mala na mão, chegou meia hora depois de ter desembarcado na rodoviária. Estava faminto e não resistiu: entrou numa leiteria, pediu um mingau de maizena, um pão com manteiga e uma média. Maravilhado com o que tinha visto do Rio na viagem da rodoviária até a Lapa, comeu como se fosse um banquete dos deuses. Pediu informações ao garçom e foi para o hotel indicado, um hotelzinho fuleiro, onde depois de pagar a diária, adiantada dormiu durante toda a tarde. Quando acordou, lá pelas sete horas da noite, tomou outro banho (já tinha tomado um quando chegou) vestiu uma camisa limpa, que tinha deixando pendurada no cabide pra ver se desamassava, e saiu para conhecer a tão famosa, pelo menos lá no interior do Ceará, noite do Rio. Rodou algum tempo pelos bares da Lapa sempre de olho nas mulheres e fugindo do inevitável assédio dos viados e decidiu ir para a Zona Sul, mais precisamente Copacabana, que conhecia como a "princesinha do mar".
Num bar do Posto 6, fez logo amizade com os vizinhos de mesa e já na primeira noite carioca conheceu Marcela, uma empregadinha com quem acabou transando encostado num poste. Foi rápido: quase na portaria do prédio em que Marcela trabalhava encostou-a no poste, começou a alisar seus peitos e a bater coxas e menos de cinco minutos depois, já enfiava o pau na empregadinha de saia levantada, sem importar-se nenhum pouco com quem pudesse passar pela rua àquela hora da madrugada. Gozou um gozo heróico para quem sonhava muito mais alto. Defendeu-se pensando: “comecei bem... depois melhora"
Três meses depois Orlando já estava morando num apartamento conjugado na Rua Prado Júnior, em Copacabana, trabalhava como modelo de um magazine popular de roupas masculinas, conhecia, simpático que era, quase todo mundo da rua e já era também o rei das empregadinhas e das prostitutas da Rua Prado Júnior. Toda noite comia uma e deixava rolar suas fantasias. Tinha duas predileções: gostava mesmo era de bunda (implorava de joelhos para que elas deixassem botar "só a cabecinha") e com aquele papo de camelô, conseguia. Mas o que ele gostava mesmo era de fazer as mulheres chuparem, além do seu pau, uma mamadeira e também uma chupeta. Tinha uma verdadeira coleção de mamadeiras e de chupetas em casa. Delirava quando elas ficavam deitadinhas e nuas para tomar a mamadeira que ele oferecia como se a oferecesse a um bebê faminto e adorava vê-las dormindo com a chupeta na boca. Nessa hora parecia voltar ao passado e "via", como na infância, suas sobrinhas menores com as chupetinhas na boca. Ele mesmo tinha usado chupeta até os oito anos de idade e ainda hoje não conseguia dormir direito se não estivesse com uma chupeta na boca. Era para não sentir-se envergonhado que fazia as mulheres sugarem chupetas. Muitas vezes esperava que adormecessem para entregar-se ao seu prazer de também colocar uma chupeta na boca. Mesmo que tivesse acabado de transar ficava excitado e tocava uma olhando para a mulher também com a chupeta na boca, deitada e geralmente dormindo ao seu lado.
Sua fama de comedor e suas manias eram comentadas por todas as empregadinhas da rua, mas ele não se importava porque isso facilitava suas conquistas.
"Toda mulher - dizia - é tarada e gosta de coisas diferentes.
Ele também gostava e "só para experimentar” - justificava para si mesmo- comeu um viadinho bonitinho que morava no mesmo prédio. Foi uma vez só e não se arrependeu. "Até que foi gostoso", dizia para os amigos. Seu pequeno apartamento, aliás, vivia cheio de amigos e de empregadinhas. Tinha noite que ficava, ao final da festa, com três mulheres e fazia um verdadeiro festival de chupetas e mamadeiras. Tinha certa razão em relação a tara das mulheres: elas gostavam da brincadeira, gostavam de virar nenéns e serem tratadas, logo elas massacradas o dia inteiro pelos patrões e pela vida, com um carinho que talvez não tivessem recebido nem quando crianças.
Marlene, uma dessas loucas por chupeta, acabou fazendo, depois de uma festa, Orlando sentir pela primeira vez uma coisa diferente: ele só pensava nela, só queria sair com ela e a cada dia as trepadas com ela ficavam mais gostosas, mas a melhor mesmo tinha acontecido três dias depois de terem se conhecido. Primeiro saíram para tomar um chope no bar bem embaixo do prédio em que Orlando morava. Ficaram em pé‚ ali no balcão, durante quase três horas conversando com os outros fregueses conhecidos. Quando subiram para o apartamento estavam completamente liberados pela bebida e já no elevador Orlando colocou os peitos de Marlene para fora da blusa e começou a sugará com sofreguidão como se fosse uma deliciosa mamadeira. Na cama foi uma loucura: estavam famintos de amor e entrelaçavam os corpos como se quisessem entrar um por dentro do outro. Marlene chupava o pau de Orlando e pedia: “me dá uma chupeta”. Orlando pegou as chupetas e a mamadeira que mantinha na mesinha de cabeceira, levantou-se e, de pé‚ jogou umas dez chupetas por cima de Marlene, que imediatamente pegou uma e enfiou na boca, depois enfiou outra quase inteira, na vagina e ficou ali como se estivesse cercada por dez dominados e dominadores pênis. Orlando vibrava olhando aquele espetáculo como se fosse o maior show da terra. Ainda tentou tocar uma, mas Marlene não deixou:
- Não goza assim, não. Deixa pra mim, quero ela todinha e bem quentinha dentro de mm.
Orlando não disse nada. Parou de masturbar-se e foi para a pequena cozinha de onde voltou, minutos depois, com uma mamadeira cheia de chocolate morno. Sentou na beira da cama, bem ao lado do rosto de Marlene, sugou um pouco do líquido da mamadeira, deu para Marlene experimentar perguntando "vê se está muito quente?". Foi só ela balançar a cabeça dizendo que não para Orlando derramar, aos pouquinhos, o chocolate morno pelo escultural corpo de Marlene que passou a lamber dos pés a cabeça, como se fosse um cachorrinho faminto. Lambia por mais tempo a vagina, o umbigo, enfim, os locais onde o líquido ficava mais concentrado. Marlene gritava de prazer: estava deliciada não só com o calorzinho do chocolate derramado em seu corpo, mas também e principalmente com o calor mais quente da língua ágil de Orlando. Depois de lamber Marlene inteirinha de frente, Orlando virou-a de bruços e derramou no reguinho da perfeita bunda daquela mulher achocolatada o resto do líquido da mamadeira e chupou aquele com um prazer indescritível. Quando ela estava bem no ponto, Orlado não teve dúvidas e enfiou a mamadeira, já vazia, na bunda da mulher que abriu ainda mais as pernas e não pareceu tão excitada estava sentir nenhuma dor. O grito que deu foi de prazer, o que deixou Orlando com mais tesão olhando fixamente para a bunda de Marlene que, como um bebê, estava mamando. Não aguentou, colocou uma das muitas chupetas ainda espalhadas pela cama na boca, arrancou a mamadeira da bunda de Marlene e masturbando-se tocando gozou no meio daquele rego. Ainda fez uma piadinha:
-Toma esse leite quentinho ‚ sem chocolate".
Depois, cada um com uma chupeta na boca e a mamadeira desprezadamente jogada num canto da cama, adormeceram como dois inocentes nenéns.
Na noite seguinte Marlene chegou na casa de Orlando acompanhada de uma amiga e com um presente: uma caixa com chupetas e uma nova mamadeira. Vanessa, a amiga de Marlene, foi quem sugeriu que experimentassem transar os três. Aconteceu: sem muita conversa lá estavam os três na cama, rodeados de chupetas. Orlando chupava Vanessa, que chupava Marlene, que enfiava o dedo em Orlando. Depois as duas ficavam, quase que ao mesmo tempo, chupando o pênis de Orlando que acabou comendo Vanessa que depois de gozar pegou no sono. Marlene e Orlando continuavam excitadíssimos e ele acabou transando com Marlene, mais por obrigação do que por prazer.
Marlene gostou da experiência e tratou de, todo dia, arranjar uma coleguinha para saírem os três. Toda noite era a mesma coisa: uma relação tripla com chupetas e mamadeira animando a festa. Uma noite quando, depois de muito tempo, Orlando e Marlene estavam bebendo num bar, ela sugeriu:
- Vamos ver o show de uma amiga minha, a Janete, que está cantando numa boate no Posto 6.
Quando chegaram o show tinha começado e Orlando ficou encantado com a altura, o corpaço e a beleza loura de Janete em um longo vestido preto e colante com uma abertura que deixava aparecer a branca e bem feita coxa direita. Depois do show, Janete sentou-se na mesa com Orlando e Marlene e ele encantado com a mulher ficou roçando assim como quem não quer nada seu joelho na coxa de Janete, que não fazia a menor questão de tirar a perna do lugar. Ficaram, durante mais de uma hora, só no papo. No dia seguinte Orlando voltou sozinho para ver Janete, que só conversava com ele na penumbra da boate. No terceiro dia lá estava ele outra vez e na maior cara de pau convidou-a para ir ao seu apartamento. Não demorou muito e estavam os aos chupões. Só na cama Orlando descobriu que Janete era na verdade Luís Carlos, uma “mulher” injustamente feita homem. Orlando não se importou e comeu aquele rabo duas vezes e com o maior tesão que tinha sentido desde que desembarcara do Ceará há mais de um ano na rodoviária, vindo em busca de sucesso e mulheres.
Orlando e Janete juntos casados há 25 anos. Só não conseguiram realizar o sonho de ter filhos para usar naturalmente aquela enorme coleção de chupetas e mamadeiras. (Eli Halfoun)
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