segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Simonal: o massacrado e injustiçado rei do suingue
Só agora tive a oportunidade de assistir no Canal Brasil, ao documentário “Ninguém sabe o duro que dei’ com o qual Cláudio Manoel, Micael Langer e Calvito Leal tentam resgatar a memória de Wilon Simonal, sucesso maior da MPB na década de 70 e quer foi crucificado por essa mesma mídia que o colocou no apogeu e se aproveitou de seu sucesso. O filme tenta acabar com a lenda de que Wilson Simonal foi um dedo duro da revolução de 64. O documentário é emocionante, mas não sei se conseguirá fazer justiça não exatamente ao cantor, que esse jamais será esquecido, mas ao homem Wilson Simonal, vítima maior de uma covarde boataria que o crucificou até a morte. Durante muitos anos acompanhei como repórter e colunista a carreira e a vida de Simonal, que também entrevistei dezenas de vezes. Nunca vi ou soube de nenhuma conduta política que fizesse de Simonal o dedo duro que seus colegas artistas e a imprensa de uma maneira geral criaram. Pelo contrário: Simonal foi sempre uma pessoa e um artista correto e se o documentário não é suficiente para lhe fazer total justiça é um brilhante começo para acabar de vez com a injusta pancadaria de palavras das quais Simonal, um extraordinário artista, foi vítima. “Ninguém sabe o duro que dei”’ é um documentário repleto de depoimentos importantes ,mas é do produtor, diretor e ator Luiz Carlos Miele o que encerra a questão artística. Miele declara que “Simonal é o maior cantor do Brasil”. É mesmo: até hoje não surgiu nenhum outro intérprete que tenha tamanha musicalidade, suingue e a voz perfeita de Wilson Simonal –um artista –que deve ficar na história por seu talento e não pelas mentiras que o fizeram pagar coma vida.
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