“O importante é que emoções eu vivi” a música que Roberto Carlos costuma cantar ao final de seus shows (dessa vez foi no começo) nunca fez tanto sentido quanto na apresentação de sábado, 25, na praia de Copacabana. Foi sem dúvida o recital que proporcionou ao cantor e ao público a oportunidade de viver (e mostrar) emoções inteiras. Mais do que as já muito conhecidas canções de RC o importante foi perceber as emoções de um público extasiado, chorando e completamente entregue ao romantismo que nenhum artista (incluindo os importados) conseguiu até hoje na ainda mais famosa e bela praia do mundo. Roberto Carlos entrou no palco também visivelmente emocionado e faltou pouco, muito pouco, para deixar aparecerem lágrimas, certamente contidas a muito custo. Duvido que Roberto Carlos não tenha chorado - e chorado muito nos bastidores.
Foi o momento mais importante de sua carreira e a confirmação definitiva de quer ele é o maior ídolo musical do Brasil e o único com uma apaixonada popularidade capaz de mobilizar tantos fãs. Se houvesse oportunidade de conversar com parte da platéia- era impossível circular pelo local- nas histórias de quem saiu de longe, viajou horas enfrentando sabe-se lá que sacrifícios daria material suficiente e emocionante para transformar em livro o mais completo momento da carreira de Roberto. Aliás, Roberto nem precisaria falar nada. O público falaria - e falou – com os olhos lacrimejantes com o corpo embalado por um amor que só o “milagre” das canções do Rei poderiam fazer. Certamente nem a Globo e nem Roberto Carlos tinham dúvida que o show ao vivo e grátis mobilizaria um grande público, mas sequer imaginaram uma platéia de um milhão de pessoas e um milhão que ali estava não por conta do movimento que as grandes festas proporcionam, mas sim e exclusivamente para ouvir o ídolo maior. O público cantou, vibrou, mas ouviu com respeito e emoção cada uma das canções de RC. A Globo, por sua vez, deve ter aprendido definitivamente que não é preciso fazer malabarismos de imagem e nem cenários mirabolantes, como sempre fez com os especiais anuais de RC. Basta ter nas mãos o artista que o público admira e simplesmente deixá-lo fazer o que sabe: cantar.
Roberto Carlos foi a presença mais marcante do Natal permitindo ao público, ao vivo ou em casa, sentir a emoção maior de uma data, o natal, que já virou comercial. Roberto Carlos mudou o rumo desse Natal permitindo ao público que agora também possa cantar em coro: “o importante é que emoções eu vivi”.
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
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