É um momento mágico, magistralmente generoso e inevitável até para o mais insensível dos corações. Todo ano é a mesma coisa desde o século IV quando a festa passou a fazer parte do calendário da a igreja católica ocidental (a igreja católica oriental adotou a festa no século V). São nos dias que antecedem o Natal que o homem se encontra como o que há de melhor na formação e personalidade de qualquer ser humano: a bondade, o clima de paz, a solidariedade, o amor total e o desejo maior e sincero de que o mundo seja sempre assim leve, bonito, generoso e solidário em todos os 365 dias de todos os anos. Foi para isso que Jesus Cristo entregou a sua vida. Sangrando
Infelizmente essa alegre esperança dura pouco. O mesmo homem que sonha e planeja tudo de bom e melhor para todos os homens se deixa roubar no mais intenso sentimento de paz. De amor.
É como se os dias que antecedem o Natal fossem apenas dias de sonho. Um sonho que poderia (e deveria) ser real se o homem quisesse e deixasse. Não deixa: mal termina o Natal o homem volta a ser vorazmente devorado por sentimentos e ações que desenham sua vida e contra os quais só ele tem a força de lutar. Sem que acabe necessariamente crucificado.
Os dias tranqüilos e felizes que antecedem o Natal e a festa maior de esperança que o novo ano sempre aponta são dias para construir sonhos.
Tudo bem que os sonhos não sejam transformados na melhor das realidades. De qualquer maneira nos mostram o quanto somos capazes de construir sonhos e também capazes de chegar cada vez mais perto deles. Acordados para a vida e para o mundo que dizemos (e sonhamos) querer. O simples fato de pelo menos no Natal, nos permitirmos sonhar no plural e com o coletivo é demonstração de que o homem não está conformado como que falta na maioria das mesas. Principalmente na maioria dos corações.
O momento não é de dividir demagogicamente a ceia e o pão. O momento de dividir deveria ser um momento mágico de todas as noites. Todos os dias. De nos permitir intensamente refletir e mais do que isso construir cada vez mais sonhos.
O homem que não sonha não tem vida e se não tem vida não tem absolutamente nada para construir. É sempre tempo de fazer com que o espírito do Natal se manifeste diariamente e em todas as ações humanas. Que esse Natal seja mais do que um sonho e uma reflexão para como o sonho e a reflexão ganhar a realidade maior de todos os concretizados sonhos. Nunca é tarde para começar. Mesmo que se continue apenas sonhando.
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
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