Na hora da despedida nada é mais carinhoso e emocionante do que um forte e sincero abraço. É isso o que os jornalistas farão nessa terça-feira (31 de agosto de 2010) na Cinelândia no encontro de abraço coletivo ao Jornal do Brasil que depois de 100 anos faz circular seu último exemplar impresso. O JB continuará em formato digital que pode até ser uma nova alternativa jornalística, mas jamais terá a emoção e o impacto do jornal de papel. O Jornal do Brasil está “vendendo” a mudança, que é apenas uma determinação financeira como um avanço para os novos rumos da mídia digital. Pode ser que esse chamado avanço até console o JB a se autodenominar pioneiro na nova era do jornalismo, mas sabemos que não é bem assim. O Jornal do Brasil bem que gostaria de poder continuar recheando, como fez ao longo da história do país, as bancas, mas sucumbiu diante de uma verdade incontestável; faltas de dinheiro. De resto mesmo em momentos de crise financeira intensa nunca lhe faltou seriedade e competência jornalística. Assim mesmo não deu.
Nessa hora de agonizantes últimos momentos, que certamente estão fazendo chorar os profissionais que deixaram anos de suas vidas na redação do jornal, o JB se impõe com novos projetos a conquistar, entre os quais o de lançar breve também uma versão digital em língua estrangeira, “com base no ideal de ser o primeiro jornal sobre o Brasil feito por brasileiros e produzido nas línguas mais faladas do mundo”. O Jornal do Brasil está buscando parcerias promocionais “que permitirão aos assinantes adquirir a valores subsidiados, seus primeiros leitores digitais”. Que não sejam também os últimos como estão sendo os leitores da edição de hoje da versão impressa que sem dúvida deixará saudades. Comoo9 Jornal do Brasil está deixando também muitos ensinamentos. E não só jornalísticos.
terça-feira, 31 de agosto de 2010
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