A embalagem é fundamental em qualquer produto: geralmente é apenas a embalagem que diferencia dois produtos idênticos. O que tem uma embalagem mais caprichada e mais credibilidade no mercado é que fica com a fama de ser melhor, mesmo que não seja. É o que acontece com o “Fantástico” na apresentação de assuntos que se fossem mostrados no “Programa do Gugu” ou no do Ratinho fatalmente seriam considerados apelativo. Apelação barata não tem faltado ao “Fantástico”, que sempre se vendeu pela embalagem de ser uma revista eletrônica de luxo. Não é mais: a concorrência acabou empurrando o “Fantástico” para a mesma vala suja de apelação barata, geralmente conquistada à custa de pessoas que fazem o drama da vida e não o show da vida como o “Fantástico” até chegou a fazer. Concordo que não se pode ficar alheio aos dramas da vida, mas não é preciso transformá-los em um circo de horror no qual se expõe de forma grosseira, pessoas que já são vítimas da própria vida e não precisam ser também vítimas de programas de televisão que parecem nada respeitar. Nem ninguém.
Além do mais o “Fantástico” não precisa de meninos sofridos que lutam para andar e nem de crimes bárbaros ou famílias despedaçadas para marcar sua presença dominical. Aposto que se voltar a fazer um programa limpo e bonito em assuntos e visualmente conquistará mais audiência do que com as apelações que passaram a fazer parte de sua cada vez mais medíocre pauta semanal. Nas noites de domingo o telespectador quer lazer, quer esquecer que a vida é amarga. Para só na segunda-feira voltar a conviver como terrível show que tem sido a vida. Se pretende ser uma revista eletrônica para a família o “Fantástico” tem o dever de dar ao público o que é bom e bonito.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário