quarta-feira, 11 de novembro de 2009

O TOMBO DA QUEDA

Nascemos para a vitória. Ninguém gosta de perder, embora seja inevitável, nada na vida. Perder talvez seja o verbo que, mesmo sem perceber, mais conjugamos diariamente, mas não nos acostumamos às perdas, mesmo que a perda seja apenas a de um jogo de "purrinha" com os amigos no botequim da esquina.
Essa necessidade de aplicar sempre o verbo ganhar, de preferência na primeira pessoa (se o time de futebol pelo qual se torce vence a partida não dizemos que o time tal ganhou, mas sim “o meu time ganhou”) é que se faz a responsável maior pelas também muitas reclamações que nos acompanham todo o tempo.
Ganhar e perder é um jogo que nos faz, ganhando ou perdendo, seguir em frente. Quem ganha quer continuar ganhando; quem perde não perde pelo menos a esperança de ganhar no dia seguinte. Mas mesmo assim reclamos de tudo, criamos fantasmas em relação a qualquer obstáculo, por menor que possa ser. Estamos perdendo – e a cada dia mais – a capacidade de enxergar o lado positivo da vida até nas derrotas. Para saber ganhar é preciso em primeiro lugar saber perder e, perdendo, aprender a criar uma nova capacidade de ganhar. A grande vitória é olhar a vida com otimismo, com bom humor. Quem não consegue ser bem humorado também não consegue, até quando ganha, ficar feliz e não aprende que a tão ambicionada felicidade total é só uma busca nesse jogo diário de perde e ganha.
São poucos os que aprendem a encarar com bom humor as dificuldades do dia a dia. Cada vez que encontramos alguém ouvimos, quase sempre, um festival de reclamações e de lamentações. Aconteceu recentemente comigo: a pessoa que me acompanhava passou todo o trajeto reclamando de tudo e de todos. Lamentava-se sem parar até que, pacientemente, reagi com uma frase que foi uma nova lição. De repente saiu: “Em vez de você chorar com a queda porque não aprende a rir do tombo”.
É isso: precisamos aprender a transformar as quedas em tombos. A queda machuca, mas o tombo nos faz rir até de nós mesmos. A queda pode ser trágica; o tombo é uma piada, um jeito de brincar com a queda. Cair (e cair não significa só despencar até o chão) é uma teimosa circunstância que pode nos atingir qualquer dia.
Mais do que ficar preocupado ou lamentando a queda, é preciso levantar e transformar a queda em um engraçado tombo.
Só assim a vida nos permitirá rir e continuar lutando pelas vitórias que tanto desejamos. Toda vez que soubermos, com inteligência e paciência (não confunda isso com conformar-se), transformar a queda em um tombo teremos, enfim, aprendido a viver mais e melhor.
* Rir é sempre muito mais fácil e do que chorar
A AMAZÔNIA
É NOSSA. AINDA
O Brasil orgulha-se da ainda nossa Amazônia e embora a Amazônia Legal concentre dez estados, não é neles que a União mais gasta com seu pessoal (os que trabalham, a minoria, e os que não trabalham, a maioria – e bota maioria nisso). Os maiores gastos (77%) da União com pessoal acontecem em Brasília com 60%, seguida do Rio com 17,5%. Apenas 3,98% são “aplicados” em pessoal da Amazônia. Alguns dados importantes: a Amazônia é a região compreendida pela bacia do Rio Amazonas (a mais extensa do mundo), formada por 25 mil km de rios navegáveis em cerca de 6.9 % de km quadrados, dos quais 3,8 milhões de km estão no Brasil. A chamada Amazônia Legal abrange os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, parte do Maranhão e cinco municípios de Goiás. Representa 59% do território brasileiro, distribuído por 775 municípios, onde viviam, segundo o censo de 2002, 20,3% milhões de pessoas (12,32% da população nacional). No tamanho a Amazônia é nossa. Resta saber até quando. Ou seja: o Brasil não pode bobear. Os estrangeiros estão com os olhos cada vez mais compridos. E gulosos.
A SAIDEIRA
QUE NÃO SAI
Todo cuidado é pouco: dezembro está na bica e com ele os tradicionais (alguns chatíssimos) encontros de confraternização, sempre uma bela desculpa para encher o pote. Aí é que mora o perigo: sempre se perde a noção da quantidade de álcool consumido e por conta disso, o que era uma festa pode terminar em desastre muitas vezes fatal. Nada contra quem bebe (já fui muito bom de copo), mas tudo a favor de quem sabe beber e beber é uma arte que precisa ser saboreada e não uma maneira descontrolada e nada prazerosa de ficar de porre.De vez em quando o porre e inevitável. É sempre ruim: tira o prazer, principalmente no dia seguinte, do que deveria ser um delicioso esporte de levantar o copo.
Depois de cada confraternização haverá vai ter muita gente reclamando ainda mais da Lei Seca, que só existe porque não aprendemos a nos impormos limites (é muito chato beber com limites) na hora de tomar mais uma, outra e mais outra até a saideira que não termina nunca. Agora a vigilância da Lei Seca ficará necessariamente maior e não se pode negar que mesmo cometendo exageros (o tal do bafômetro é um vexame) tem sido muito eficiente. Desde que começou, a Lei Seca permitiu que 394 pessoas escapassem da morte, de ferimentos ou de colisões, índice que representa, segundo dados oficiais, uma queda de 26,7% no número de acidentados em relação a outubro de 2008.. Estudo realizado com base nos dados do Grupamento de Socorro de Emergência do Corpo pode Bombeiros revela ainda que foram contabilizadas 1.082 vítima vítimas de acidentes em outubro contra 1.476 do mesmo mês em 2008. A Lei Seca salvou, segundo cálculos oficiais, 2.800 pessoas até o último mês de outubro em relação ao mesmo período do ano passado.
Nos oito meses da operação Lei Seca foram abordados 102.099 motoristas e mais de 96 mil foram submetidos ao teste de bafômetro. Com esse trabalho de fiscalização foram aplicadas 20.200 multas e 3.700 veículos foram rebocados, além do recolhimento de 8.195 carteiras de habilitação e mais a aplicação de 1.562 sanções administrativas e 517 criminais. Motoristas beberrões ( vale sempre lembrar que “se dirigir não beba”) tentam escapar das blitze e utilizam a internet, especialmente o twitter, para ser informar sobre os locais em que a fiscalização está atuando, o que, convenhamos, é tentar submeter-se a um risco desnecessário já que, queiramos ou não, uma blitz desse tipo pode salvar a vida do motorista (e caronas) de quem, exagerou no chopinho amigo. É preciso também levar em conta que muita gente quer fugir de uma blitz porque sabe que ela pode ser falsa (como muitas ultimamente) para facilitar assaltos. A verdade é que bêbados ou sóbrios, estamos vivendo (nesse período de esta muito mais) na cidade do “mãos ao alto”.
contabilizadas 1.082 vítima vítimas de acidentes em outubro contra 1.476 do mesmo mês em 2008. A Lei Seca salvou, segundo cálculos oficiais, 2.800 pessoas até o último mês de outubro em relação ao mesmo período do ano passado.
Nos oito meses da operação Lei Seca foram abordados 102.099 motoristas e mais de 96 mil foram submetidos ao teste de bafômetro. Com esse trabalho de fiscalização foram aplicadas 20.200 multas e 3.700 veículos foram rebocados, além do recolhimento de 8.195 carteiras de habilitação e mais a aplicação de 1.562 sanções administrativas e 517 criminais. Motoristas beberrões ( vale sempre lembrar que “se dirigir não beba”) tentam escapar das blitze e utilizam a internet, especialmente o twitter, para ser informar sobre os locais em que a fiscalização está atuando, o que, convenhamos, é tentar submeter-se a um risco desnecessário já que, queiramos ou não, uma blitz desse tipo pode salvar a vida do motorista (e caronas) de quem, exagerou no chopinho amigo. É preciso também levar em conta que muita gente quer fugir de uma blitz porque sabe que ela pode ser falsa (como muitas ultimamente) para facilitar assaltos. A verdade é que bêbados ou sóbrios, estamos vivendo (nesse período de esta muito mais) na cidade do “mãos ao alto”.
LONGE DA
“MAROLINHA”
Mesmo que se leia diária e atentamente as reportagens sobre a nossa economia é difícil, muito difícil, entender o assunto até porque os artigos econômicos nunca nos permitem absorver nada não só porque não explicam direito, mas também porque ainda utilizam um “economês” que necessita de uma boa tradução. O que mais se lê é que a nossa economia superou a tal “marolinha”, que as coisas ainda estão pretas, existe grande inadimplência e que o comércio está falindo. No meio desse turbilhão chega notícia de que a velha Mesbla, uma das mais famosas redes varejista do país, que faliu em 1990, voltará em abril do ano que vem. Inicialmente seu foco serão os artigos femininos vendidos em circuito fechado
à apenas 75 mil consumidores para testar o sistema e-commerce no Brasil. A ainda não anunciada oficialmente, mas já acertada volta da Mesbla está sendo movimentada pelo Mercantil Brasileiro, a partir de um contrato assinado com Ricardo Mansur, dono da marca. Somente depois de testar a venda para convidados é que a Mesbla se instalará em novas lojas. Espera-se que nessa nova empreita pelo menos o relógio da Mesbla, antes instalado no prédio onde funciona hoje uma Lojas Americanas, na Lapa, Rio, não perca o rumo. Nem a hora.
CHATAS DE
GALOCHA
Está ficando chata essa brincadeira de pique - esconde que Madonna anda fazendo com seus fãs desde que desembarcou no Brasil. Isso sempre acontece porque artistas estrangeiros acham que fazem um grande favor de vir ao Brasil e também porque os fãs (brasileiros ou não) lhes dão muita confiança. Eu era um jovem repórter (e não vai aí nenhum saudosismo) quando fui escalado pelo jornal (uma perfeita escola) Ultima Hora, para acompanhar os passos da visita de Brigitte Bardot (na época ela era mesmo uma gracinha, como diria Hebe Camargo) e se escondia da imprensa e dos fãs, o que lhe rendeu a primeira página dos jornais durante pelo menos uma semana (artistas reclamam da mídia e dos fãs, mas sempre precisam dos dois. Cansada da brincadeira, que repetiu até na época desconhecida Búzios) Brigitte Bardot parou de esconder-se, ou seja, apareceu na janela, se deixou fotografar virou figurinha fácil. Tão fácil que acabou ficando desinteressante para a mídia que a transformou em uma quase notinha de rodapé. Lembro que ficou tão fácil dar de cara com a deliciosa BB em restaurantes e boates que não se olhava para ela com entusiasmada admiração e prazer. Pelo contrário: quando alguém anunciava que Brigitte Bardot estava chegando os assíduos frequentadores de badalados pontos de encontro noturnos (como a antiga Fiiorentina, no Leme, Rio) ficavam incomodados a ponto de alguém alertar: “Vamos embora porque lá vem aquela chata”. Madonna também acabará cansando da brincadeira e ficará desinteressante até para as fãs que, como comentou uma, acham que “ela não quer aparecer para não mostrar a verdade das rugas de sua idade”. E como Brigitte Bardot Madonna também ficará uma chata. Pior: uma chata que ainda por cima canta.
UMA PARADA
PARA A ALEGRIA
Os personagens criados por Walt Disney ainda conquistam a ingênua e entusiasmada admiração de crianças em todo o planeta e deixaram não se pode negar uma alegre saudade nos corações de várias gerações. É por isso que embora antigos estão sempre atuais e percorrendo o mundo. Pois bem, para a alegria das crianças E, por que não, dos adultos os personagens da Disney desembarcam agora no Brasil para a realização da famosa Parada Disney com carros alegóricos, os personagens mais tradicionais e 300 figurantes. O primeiro desfile da Parada será já no próximo dia 29 na orla de Copacabana, ainda a mais bonita do mundo. No dia 6 de dezembro a Parada encanta os capixabas desfilando em Vila Velha e no dia 20 de dezembro estará em São Paulo respirando aquele ar poluído que só os paulistas aguentam. Quem está trazendo o espetáculo ao Brasil é a Maior, nova empresa de entretenimento presidida por Paulo Zottolo, que já foi da Phillips. Quem paga a conta é a Nestlé, que, aliás, ultimamente anda patrocinando tudo, o que é ótimo. Os cariocas, especialmente, terão oportunidade de relembrar as maravilhosas paradas organizadas por Abraham Medina e patrocinadas pelo Rei da Voz. Medina, o pai, deixou para os filhos Ruben e Roberto o entusiasmo pelos, que costumam grandes eventos que costumam organizar com perfeição. O Rock in Rio que o diga.

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