Bulas de medicamentos não são feitas
para paciente ler, mas sim para os médicos que, aliás, raramente lêem as bulas
porque sabem que muitas vezes elas exageram até para não ter nenhum problema
judicial: os laboratórios ficam resguardados porque a bula informou todos os
possíveis efeitos colaterais que o medicamento pode provocar inclusive os que
são muito raros.
Não conheço nenhum paciente que não
tenha a curiosidade de ler a bula do medicamento receitado e que se faz bem
para uma coisa provoca muitas outras totalmente desagradáveis. Não por
responsabilidade dos médicos, mas pelo exagero de consumo que desesperado com a
dor cometi estou sendo vítima de efeitos colaterais que me tiram do prumo: a indicação
do fortíssimo analgésico Tramal foi a única solução encontrada, depois de
muitas tentativas
para me livrar das terríveis dores
provocadas por artrose na lombar e por
um problema de coluna que só cede com
antiinflamatório, medicamento que em hipótese alguma posso consumir para não
correr o grave risco de provocar sangramento (sou consumidor de Marevan). O
fato é que o Tramal realmente me livrou de algumas dores, mas provocou indisposição,
enjôo, tonteira, problema gastrintestinal e por aí vai. Ou seja: não é exatamente
um remédio, mas sim um transmissor de efeitos colaterais que na maioria das
vezes incomodam mais do que as dores. Está na hora dos laboratórios iniciarem
pesquisas sérias na tentativa de encontrar fórmulas que inibam os desagradáveis
efeitos colaterais.
Não existe um único medicamento no
mundo que não provoque efeitos colaterais (queda de pressão e outros tantos).
Nesse casão fica praticamente claro que muitas vezes é melhor conviver com a
dor (o que resolvi fazer) do que com os males provocados prelo medicamento para
eliminar ou minimizar a dor. Ou seja: se o paciente consumir o medicamento pode
até resolver o problema da dor, mas será obrigado a tomar muitos outros
medicamentos para pelo0 menos minimizar os efeitos colaterais e conviver com os
efeitos colaterais que esses medicamentos também provocam.Cada vez mais estou convencido
de que a medicina popular ainda é em muitos casos a mais eficiente: chás, compressas
de água quente ou de gelo e muitas outras coisas que nem sempre aliviam a dor
tanto assim, mas pelo menos não provocam outros males causados pelos efeitos
colaterais que definitivamente precisam ser eliminados pela ciência. De nada
adianta descobrir medicamentos se eles curam um nem, mas provocam tantos males.
Quer dizer: como sempre o paciente está nas mãos dos laboratórios que fazem o
que bem entendem com os preços dos remédios e também com nossos corpos. Ficar
doente significa livrar-se de um mal e ter que sofrer com a digamos cura. (Eli
Halfoun)
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