quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Fogos de artifício são armas e não podem ser vendidos para qualquer um. Muitoi menos para black blocs

A morte do cinegrafista Santiago Andrade, assassinado enquanto cumpria sua missão profissional, levantou muitas questões, especialmente sobre a participação criminosa dos black blocs nas manifestações e colocou novamente em pauta uma antiga discussão que é a venda de fogos de artifício fabricados para alegrar e iluminar festas e não para matar como tem feito muitas vez4es. Existem regras para adquirir qualquer tipo de artefato fabricado com pólvora, mas ainda assim é muito fácil comprar em qualquer estabelecimento especializado caixas e mais caixas de rojões. É como comprar legalmente e literalmente armas de fogo. É preciso mais rigor na venda de fogo de artifício. Existem regras para que qualquer consumidor possa adquirir esse tipo de “brinquedo” mortal em uma loja, mas são regras nunca cumpridas: sabemos que em qualquer estabelecimento dito especializado é possível comprar qualquer tipo de fogos de artifício (busca-pé, bombinhas, estrelinhas, “cabeça de nego”, foguetes) sem nenhuma dificuldade - até porque existem muitas fabriquetas de fundo de quintal que produzem fogos de artifício e explodem levando pelos ares casas vizinhas e vidas inocentes. A venda quase liberada de fogos de artifício já provocou muitos danos e não faz muito tempo deixou presos torcedores que mataram um menino. Médicos que fazem plantões de hospitais em festas juninas estão cansados de atender jovens que perdem dedos, a mão e outros órgãos do corpo brincando com fogos de artifício que está provado, matam mais do que divertem: não são brinquedinhos explosivos. São como se viu muitas vezes armas mortais. É verdade que a população não sai por aí comprando rojões e mirando contra outras pessoas como fizeram e fazem os black blocs assassinos. Como é proibido proibir ninguém quer ou espera que a venda de fogos de artifício seja definitivamente proibida, mas nada impede que sejam feitas regras mais duras sejam feitas para que qualquer tipo de bombinha possa ser vendida para qualquer um. Esse qualquer um pode ser um black bloc e, portanto, um assassino que quer brincar de matar. (Eli Halfoun) P. S. - Vale a pena ler e guardar essa frase que retirei de um artigo da jornalista Eliane Catanhede, na Folha de São Paulo. Diz aí Eliane: “Jogar um rojão em pessoas, sejam jornalistas, transeuntes, policiais contrapõe o legítimo e saudável direito de manifestação e doentia ação de vândalos”

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