quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
Ensinamento de vida com a emoção que parece apelação
O público quer sentir-se cada vez mais íntimo e até igual em alguns aspectos dos artistas que admira e assim procura identificar-se com momentos da vida de seu (ou seus) ídolo. Isso explica o sucesso programas (ou quadros) que são sempre garantia de audiência em encontros que humanizam os artistas e os aproximam ainda mais dos fãs. O público se emociona, mas a crítica prefere manter-se fria e acha que essa bisbilhotice é apenas apelação barata para ganhar audiência com momentos piegas de emoção. E se assim não fossem não seriam a essência da emoção. A vida é feita de momentos bregas de emoção e de encontros afetivos piegas: o comportamento em torno do amor será sempre brega, do contrário jamais será amor intenso vivido em cada pedacinho de um corpo invadido pela emoção.
O “Arquivo Confidencial” do “Domingão do Faustão” é uma maneira de sem dúvida humanizar o artista homenageado (sim é uma homenagem) e aproximá-lo do público, que mais do que arte busca no artista exemplos, identificação e até de esperança. Duvido que depois de ter desnudado a vida da cantora Paula Fernandes em recente “Arquivo” ela não tenha conquistado mais carinho e aplauso dos que já a admiravam como cantoras e agora admiram também como pessoa. Quadros como o ‘”Arquivo Confidencial” estão na televisão desde o começo e embora feitos com olhares diferentes tem sempre mesma intenção: emocionam o púbico e mostram que por mais bem sucedido que seja o artista é acima de tudo igual a todos nós e que, portanto, sofre, chora, enfrenta dificuldades e segue em frente até vencer. Mostrar essa insistência em busca do sonho ensina ao público que na vida é preciso insistir se não para realizar um sonho para simplesmente viver. Viver fazendo de todos os momentos pedacinhos de esperança. Foi o que Paula Fernandes fez e mostra agora que todo o sofrimento vale a pena se soubermos colher dele as lições que nos ensina. (Eli Halfoun)
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