sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Os novos trapalhões aumentam a confusão na corrida eleitoral

Uma rápida olhada no noticiário político (incluindo as análises de especialistas) deixará o eleitor ainda mais confuso em torno da conduta eleitoral, principalmente depois que Marina Silva filiou-se a PSB e fez uma inusitada dupla com Eduardo Campos que, aliás, não me convence em nada como Collor nunca me convenceu. Não se sabe exatamente (parece que nem ela sabe direito) o que Marina pretende na próxima eleição desde que perdeu a possibilidade de entrar na disputa com a Rede, partido que criou, mas não conseguiu registrar. O fato de não ter conseguido o registro da Rede está deixando aliados de Marina decepcionados: muitos acham que foi bobeira dela e que o Tribunal Superior Eleitoral não tem a culpa maior no cartório. Entre os muitos ainda aliados de Marina (alguns estão pulando fora depois que ela fez dobradinha com Campos) estão convencidos que a culpa maior é de Marina. A maioria já não esconde a grande decepção com a mobilização nas redes sociais que acreditam começou atrasada só permitindo que os 12 mil voluntários conseguissem apenas 75 mil assinaturas cada um. Acreditam também que a própria Marina não fez nenhum esforço pessoal para conseguir mais assinaturas. Os decepcionados aliados acham que a ex-senadora é personalista e ultimamente tem se limitado a acordos políticos tradicionais e que se coloca em um pedestal envolvida em debates e discursos sem alcance popular. Por isso há dias um repórter quis saber se Marina e Campos não se cansaram de dar entrevistas sobre o já formalizado acordo. O repórter perguntou para Marina se ela acha que a massa brasileira entende o “programático!” e o “pragmático” que ela tanto repete em seus discursos e entrevistas. Marina não explicou e limitou-se a dizer um apenas “o povo entende”. Se não explicar, não entende não. Embora o ex-presidente Lula reconheça que “Marina tem força política” o grupo que apóia a reeleição de Dilma Roussef continua defendendo a tese de que “vice não elege ninguém” citando o exemplo de Leonel Brizola na eleição presidencial de 1989 na qual foi vice de Lula e Lula não ganhou. De qualquer maneira volta a ser considerada a possibilidade de Lula concorrer outra vez à Presidência da República imediatamente caso a chapa Campos Marina ganhe mais força. O que se diz é que até o vice Michel Temer, do PMDB, já conversa no partido sobre essa possibilidade. Marina pode não ganhar nada, mas está fazendo uma confusão danada, o que não é novidade no jogo político que como no de futebol só tem resultado definitivo quando a partida acaba. (Eli Halfoun)

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