sábado, 27 de abril de 2013
CONTO -------- Tripla aliança
O casamento estava marcado para o dia l5 de maio. Faltavam, portanto apenas trinta dias - dias que Flavinha contava nos dedos. Marquinhos, o noivo, também parecia muito feliz e ansioso. Estava, depois de três anos de namoro e noivado, tudo prontinho: casa montada, simples, mas com tudo que eles queriam (geladeira, som, televisão, móveis comprados a prestação no Ponto Frio), convites distribuídos, chope encomendado, a vizinhança toda, que conhecia os dois desde meninos, ajudando a fazer os salgadinhos. Era só esperar a festa e a lua-de-mel (iam viajar para o sítio de um tio, no interior do Estado do Rio). Flavinha só falava no casamento, ia, brincava, enfim desencalhar.
Era, para Flavinha, mais do que um simples casamento: significava um grito de liberdade, o rompimento definitivo do cordão umbilical: adorava a mãe e os irmãos menores, mas queria, como todo o adolescente, ter a sua própria vida. Confessava-se diariamente apaixonada, mas sabia que Marquinhos significava muito mais do que um grande amor: era o eco do seu grito de independência. Embora se conhecessem desde meninos, só se descobriram apaixonados fazia três anos. Flavinha tinha, na época, l6 anos e Marquinhos l9. São bonitos, os dois: ela, uma moreninha de cabelos compridos e lisinhos, um corpinho deslumbrante e uma sorridente simpatia de conquistar qualquer um; ele um moreno (quase mulato) alto, o corpo moldado pela capoeira, que praticava desde os dez anos, e também simpaticamente sorridente. O começo foi difícil: namoravam no portão da casa dela, na pracinha ou na sala de visitas, sempre diante do vigilante olhar de dona Laura, a mãe de Flavinha, que estava separada do marido há muitos anos, já tinha tido um amante, mas agora estava sozinha, como a esperar a volta do marido. Também morena,um mulherão,é também apetitosa a dona Laura, que esbanja sensualidade enlouquecendo quase toda a vizinhança.
Marquinhos estava louco para transar com Flavinha: aquele esfrega-esfrega barato não o satisfazia mais. Pelo contrário, o deixava cada vez mais excitado, e saía sempre da casa de Flavinha com o pau na mão. Certa noite, chegou para o namoro de todos os dias e surpreendeu dona Laura com um pedido de noivado. Não pensava ainda em casar, o Marquinhos, mas sabia que essa era uma maneira de comer a tão desejada Flavinha. Noivos, começaram a procurar casa ali pela redondeza. Acharam uma casa pequena e aconchegante, com quintal e tudo, o que é fundamental numa casinha de subúrbio no Rio. A primeira providência de Marquinhos, que trabalha com computação e ganha um razoável salário, foi comprar os móveis do quarto, a cama principalmente. Com a desculpa de que estavam arrumando as coisas, iam todas as noites ver a casa. Era inevitável: no quarto, onde a cama já estava montada, ficavam explodindo de desejo, rolavam pela cama, mesmo sem lençol, como se fossem entrar um por dentro do outro. Flavinha tirava a roupa (a roupa de Flavinha era, aliás, quase arrancada por Marquinhos, que beijava os pés de Flavinha, lambia as suas costas como se fosse um gato, chupava seus peitos, principalmente nos biquinhos (alternando o direito e o esquerdo) que ficavam durinhos, durante intermináveis minutos de prazer, e dizia baixinho no ouvido de Flavinha: “deixa logo eu tirar essa tua virgindade...”. Mesmo morrendo de tesão Flavinha resistia: queria porque queria casar virgem, mas não gostava de deixar Marquinhos na mão, e se oferecia:
- Eu dou uma chupadinha daquelas que você não vai esquecer nunca mais
Puxava Marquinhos para a ponta da cama, ajoelhava-se no chão e passava a língua naquele enorme pau, chupando-o como se fosse um sorvete de chocolate (a cor era parecida). Acariciava o pau do noivo e o enfiava inteirinho na boca. Marquinhos enlouquecia e implorava: “deixa eu te comer, deixa. Pelo amor de Deus, deixa eu entrar em você” - suplicava. Flavinha sentia-se cada vez mais desejava mas mesmo assim resistia:
- A bucetinha eu só dou no dia do casamento. Agora, bota na minha bundinha, bota...
Qualquer homem enlouqueceria, mas Marquinhos estava mesmo era querendo tirar aquele cabaço. Insistia: “eu quero a bucetinha”, mas acabava comendo a bundinha de Flavinha, imaginando sempre que fosse a bucetinha.
As trepadas eram quase diárias e Marquinhos não perdia a esperança de, mais dia, menos dia, estourar aquele cabacinho. A essa altura, ele já era da família e frequentava a casa de Flavinha como se também fosse sua. Dona Laura, a mãe de Flavinha, tratava Marquinhos com um carinho muito especial e fazia questão de dizer para as amigas:
- Minha filha deu muita sorte, meu genro é bonitão e vai fazê-la muito feliz, principalmente na cama
Ficavam cada vez mais íntimos, a dona Laura e o Marquinhos. Ele tinha perdido a mãe ainda bebezinho, e era natural, pensavam todos, que estivesse procurando em dona Laura uma nova mãe. Frequentava a casa da futura sogra mesmo quando Flavinha estava no colégio (Flavinha esta concluindo o segundo grau e estuda também datilografia e digitação... poderia, se houvesse necessidade, ser secretária, para ajudar financeiramente nas despesas de casa...pensava). Como a noiva quase não tinha tempo, Marquinhos começou a sair com a apetitosa sogra para comprar o enxoval. Muitas vezes chegavam com dezenas de embrulhos, que levavam direto para a casa em que Flavinha e Marquinhos iam morar. Largavam os embrulhos, Marquinhos ia no botequim da esquina comprar umas cervejas, e ficavam os dois, futura sogra e futuro genro, sentados na cama (a mesma cama na qual Marquinhos comia, sempre pensando na bucetinha, a bundinha de Flavinha) conversando. Marquinhos pedia todo o tipo de conselhos, mas Laura, que se dizia em recesso há anos, delirava quando o assunto era sexo - assunto que ela fazia questão de puxar. Ficava excitada com a conversa, e prometia:
- Ainda vou arranjar um homem que seja assim bonitão e gostoso como você.
Marquinhos sorria amarelo, ficava sem graça e fingia não entender:
- Que é isso, dona Laura? - dizia encabulado, mas sem conseguir disfarçar a vaidade. Dia sim, dia não Marquinhos arranjava um jeito de ir às compras com dona Laura e, depois, ficar conversando naquela mesma cama. Flavinha dava a maior força e ficava orgulhosamente feliz com o bom relacionamento entre seu noivo e sua mãe. Marquinhos já nem chamava Laura de dona. Sempre que comprava alguma coisa fazia questão de, nas visitas noturnas, levar Flavinha para ver. Rolava sempre, depois de beijos e amassos, uma trepadinha, e um dia, enquanto comia mais uma vez a bundinha de Flavinha, que continuava virgem, Marquinhos surpreendeu-se pensando em Laura, a sogrinha. Procurou afastar aquele terrível e pecaminoso pensamento: “devo estar doente”, dizia para si mesmo, na tentativa de aliviar a culpa. “É besteira”, repetia em seus pensamentos... e, para afastar qualquer dúvida, continuou indo às compras com Laura. Era a mesma rotina: compras, cama (só para conversar) e cerveja. O inevitável acabou acontecendo: num final de tarde, depois da terceira cerveja, Laura não resistiu e, assim como quem não quer nada, acabou pegando no pau de Marquinhos, que parecia esperar por aquilo, e também foi logo enfiando a mão, por baixo da saia de Laura. Beijaram-se furiosamente, e Laura ofereceu imediatamente aquela experiente buceta. Parecia saber que Marquinhos só comia a bunda de Flavinha e andava louco por uma bucetinha. Adivinhou: Marquinhos não fez mais nada, foi logo enfiando o pau, que latejava de desejo, naquele buceta de família. Gozaram juntos e rápido, os dois. Deitados, depois do ardente gozo, agarradinhos, começaram a mordiscar os lábios um do outro e a fazer, aos susssuros, confissões: “você é muito gostosa, tua experiência me fez gozar como eu nunca tinha gozado antes” - dizia Marquinhos
Laura (a filha era muito parecida com ela) sorria e dizia: “você tem o pau mais quente que já entrou na minha buceta”.
Voltavam a se beijar. Agora ele já lambia as pernas e a buceta de Laura, que urrava de prazer, até sentar (sentar mesmo) naquele pau duro, gritando: “assim, entra tudo...eu quero tudo, tudinho...”
Nem ouviram quando a porta abriu: na tentativa de fazer uma surpresa para o noivo, Flavinha tinha comprado um quadro que haviam visto numa feira de artesanato. Acabou vendo um quadro que não esperava: a mãe sentada, e ainda por cima com a buceta enterrada no pau de Marquinhos. Não fez escândalo, a Flavinha, e saiu de fininho.
O noivado foi desfeito na mesma noite e sem muitas explicações (ela deu uma desculpa qualquer), e até hoje nem Marquinhos e nem dona Laura, que nunca mais se viram, sabem o que aconteceu.
Já se passaram quase dois anos. Flavinha continua morando com a mãe, mas nunca mais levou um namorado em casa.
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