quinta-feira, 11 de abril de 2013

Comer já foi um prazer. Agora é um problema de saúde

Na infância aprendíamos (será que as crianças ainda aprendem?) que a base da alimentação ideal era feita de carne, leite e ovo. Parece que não é mais: a cada dia as pesquisas ditas científicas descobrem uma novidade. Agora garante que a carne vermelha faz mal ao coração porque tem um componente que alimenta bactérias que atuam perigosamente no coração provocando enfartes e outros males coronarianos. É preciso ficar atento ao é hoje a recomendada alimentação saudável: logo uma nova pesquisa determinará que o bom de hoje será fatalmente o nocivo de amanhã. Fica sempre a impressão de que não devemos comer mais nada, mas como fazer isso se a própria ciência garante que “saco vazio não fica em pé”. O brasileiro de uma maneira geral consome pouca carne simplesmente porque não pode pagar para comer o antes saudável bife de cada dia. Nesse aspecto a pesquisa é um alívio para os que não podem ter a mesa farta de carne e de muitos outros alimentos, incluindo os que os pesquisadores ainda não condenaram, mas não tenha dúvidas que mais dia menos dia o farão. O saudável hábito de comer está sendo transformado em uma ameaça constante para a saúde e, portanto, para a vida. Não se pode garantir que todas as pesquisas alimentares sejam sérias, mas de qualquer maneira não dá para ficar alheio aos resultados que apresentam. Do jeito que as pesquisas alimentares caminham não demora muito teremos de andar com uma listinha mágica no bolso para saber o que comer no café da manhã, no almoço e no jantar. Comer é um dos maiores prazeres da vida, o prazer do paladar, mas parece que até esse querem nos tirar. E viver sem prazer realmente não tem a menor graça. (Eli Halfoun)

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