sábado, 7 de julho de 2012
Imitação bem feita não precisa apelar para a grosseria e o mau gosto
É exagero dizer que os famosos gostam de ser imitados em programas humorísticos. Embora boa parte dos imitados use a desculpa de dizer que recebem a imitação como uma homenagem a maioria não suporta as caricaturas criadas pelos humoristas e muitas vezes as considera uma agressão, além de brincadeira de extremo mau gosto. Existem sim imitações bem feitas (Tom Cavalcanti, por exemplo, é craque na criação de imitações). No computo geral boa parte das imitações tem deixado muito a desejar. Também não são todos os famosos que servem para a criação de uma caricata imitação: o jeito e a cara de alguns auxiliam, mas nem, sempre o resultado final da imitação é satisfatório, o que acaba criando desentendimento entre imitado e imitador. Agora o autor de “Gabriela”, Walcyr Carrasco ameaça recorrer judicialmente para tirar do ar sua imitação no programa “Pânico na Band”. O programa, aliás, compra muita briga com suas imitações que na maioria das vezes exageram e se tornam realmente ofensivas e não apenas uma brincadeira, mesmo que Carioca e Ceará sejam bons imitadores. Não é de hoje que o “Pânico na Band” confunde humor com desrespeito e grosseria. Duvido que qualquer imitado se ofenda quando a imitação é bem feita apenas como uma brincadeira. Brincar com a realidade é uma das maiores armas do humorismo, mas é preciso saber diferenciar uma brincadeira comum e divertida de uma brincadeira de mau gosto e agressiva. Nesse caso brincadeira não tem hora e não cabe em qualquer humorístico. Nem como piada. (Eli Halfoun)
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