quinta-feira, 26 de julho de 2012
"Fantástico" fala, fala e não diz nada
A proposta do “Fantástico” desde a sua estréia em agosto de 1973 é a de ser uma revista eletrônica com “páginas” dedicas ao jornalismo e ao entretenimento. Mis de trinta anos depois o formato continua o mesmo, mas o conteúdo jornalístico do programa tem deixado a desejar. Na maioria das vezes, as reportagens que o programa anuncia e apresenta como verdadeiras “bombas” quase nunca concluem absolutamente nada, ou seja, a informação fica pela metade. O mais recente exemplo foi com a reportagem que prometia desvendar o mistério em torno da mulher que posou para Leonardo Da Vinci criar a sua obra mais famosa, a Monalisa. O público ouviu muitas especulações, muitas hipóteses, histórias mais do que conhecidas e ao final deve ter ficado com uma sensação de que apenas foi enrolado em um bla-bla-bla que nada informou realmente. A modelo de Monalisa continua sendo um mistério tão grande quanto era antes do “Fantástico” prometer enfim revelar a verdade. Se não havia como chegar a uma conclusão a reportagem seria (como foi) desnecessária, como, aliás, têm sido muitas outras no programa. Reportagem precisa ter começo meio e fim: se não for assim não é reportagem. É apenas um amontoado de nada ou de tudo o que sempre se soube. É louvável o esforço do “Fantástico”, mas se continuar assim o programa perderá totalmente a credibilidade e em conseqüência a audiência. Talvez aí sim mude para melhor. (Eli Halfoun)
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