quarta-feira, 11 de julho de 2012
Demóstenes quicou e o Senado chutou. Ainda faltam muitos chutes
Quando se anunciou que o Senado votaria o pedido de cassação de Demóstenes Torres o que entrou em jogo não foi apenas a punição ao senador que adorava banhar-se em fartas águas de Cachoeira, ma sim o próprio Senado que mais uma vez entrou em campo desacreditado: poucos brasileiros acreditavam que com a vergonhosa proteção do voto secreto (vamos assumir gente) o agora ex-senador viesse realmente perder o seu mandato e o direito de candidatar-se a qualquer cargo político até 2027. Com os 56 votos que confirmaram a cassação de Demóstenes o Senado ganhou um ponto, mas isso não significa que voltará a ter a credibilidade que foi jogando fora durante anos. A cassação de Demóstenes Torres não é uma ”vitória” contundente para a recuperação da péssima imagem do Senado: escondidos atrás da armadura do voto secreto 19 senadores tiveram a cara-de-pau de votar pela permanência de Demóstenes Torres no bom emprego de senador. É claro que nenhum desses 19 senadores favoráveis a Demóstenes aparecerão pra uma explicarem seus votos, mas seria muito bom que os eleitores soubessem quem são os 19 senadores que sentaram a beira da cachoeira. De qualquer maneira prelo menos dessa vez os senadores mostraram que quando querem e os compromissos escusos não impedem, sabem fazer o que devem. Tomara que continue sendo assim. O Brasil precisa respirar com alívio. Afinal, um já foi. Agora falta o resto. (Eli Halfoun)
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