terça-feira, 22 de abril de 2014
É difícil acreditar que pais possam matar os filhos. Será que o mundo ainda nos merece?
Em recente edição do bom “Jornal da Bandeirantes” o jornalista Ricardo Boechat disse indignado que “me recuso a acreditar que um pai possa matar um filho”. Referia-se ao noticiário do assassinato do menino Bernardo, de quem levaram a vida com uma nojenta crueldade. Como Boechat também me recuso a acreditar que exista tanto desamor a ponto de tirar a vida de um menino inocente que queria muito viver como tantos outros meninos. Evidente que todos estão horrorizados com o crime. Não é a primeira vez que pais (pais?) tiram a vida dos próprios filhos com uma crueldade que não dá para imaginar e muito menos pensar que existe, mas infelizmente ainda existe. A primeira reação de qualquer pessoa normal é pensa “em que mundo estamos vivendo?”. É terrível constatar que existem pessoas que cometam tamanhas barbáries, que evidentemente não podem ser vistas como seres humanos em um mundo em que os humanos estão muito mais interessados na paz do que na guerra que tem sido imposta sempre de alguma forma aterrorizante. Todos os meninos deveriam viver em um mudo de amor e de alegria infantil. A infância saudável deve ter sempre a alegria das crianças como foco principal, mas não é exatamente o que acontece: crianças têm sido jogadas ao abandono, passam fome e em nenhum momento têm pelo menos o direito de viver a fantasia da ingenuidade infantil. A morte do menino Bernardo faz com que os verdadeiros seres humanos sintam-se menores diante da vida e deixa claro que nem as ingênuas crianças estão protegidas das maldades adultas. O mundo seria sem dúvida muito melhor se soubéssemos que meninos como Bernardo tivessem espaço e tempo para viver. Terrível também é constatar que a morte do menino Bernardo não destruiu só uma vida. Destruiu sonhos e esperança. (Eli Halfoun)
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