sexta-feira, 11 de abril de 2014

Afinal, onde anda essa tal de "liberdade de expressão"?

Fala-se muito em liberdade de expressão e, portanto, liberdade de imprensa, mas parece que não se quer praticar o que se diz ,pede e defende nos discursos. A liberdade de expressão está sempre ameaçada por entre outras coisas imposições econômicas: ou os jornais deixam de falar o que não interessa para alguns grupos ou sofrerá duras penas nas verbas de anúncios. A mais recente e vergonhosa mordaça está tentando calar a voz da jornalista e apresentadora Raquel Sheherazade que ganhou mais espaço na mídia depois que defendeu posições (que muita gente tem, mas não tem coragem de assumir) com as quais o público não concordou e os políticos falastrões muito menos a ponto de segundo a própria jornalista estarem pedindo a sua cabeça no SBT: partidos políticos querem que ele seja afastada da bancada do “Jornal do SBT”. A emissora de Silvio Santos sempre respeitou a liberdade de expressão e permitiu (ainda permite) que os profissionais de jornalismo expressem suas opiniões. Raquel Sheherazade está de férias até o próximo dia 4 e garante que voltará ao “Jornal do SBT” mesmo sofrendo retaliação fora da emissora. Diz aí Raquel: “Há uma pressão política muito forte para que eu seja calada. PSOL e PC do B entraram com representações contra meu direito de opinião e tentam cercear minha liberdade”. É uma denúncia muito forte contra partidos que vivem fazendo discursos a favor de todo o tipo de liberdade, principalmente a liberdade de expressão que agira querem tirar de uma correta profissional de imprensa. Em entrevista para a “Folha de São Paulo” Raquel faz outra grave denúncia: “partidos ameaçam cortar verbas publicitárias estatais e até pedir a perda de concessão da emissora”, o que, aliás, é muita pretensão. Esse não é o único exagero contra a liberdade de expressão: segundo a Folha em março a bancada do PC do na Câmara entrou com representação contra a apresentadora e a emissora por crime de apologia e incitamento ao crime, à tortura e ao linchamento. Mais um exagero: em nenhum momento houve esse tipo de incitamento na emissora que tem dedicado quase toda a sua programação, ao lazer e entretenimento. A deputada Jandira Feghali, que tato lutou a favor da liberdade de expressão se defende: “Não queremos calar a Sheharazade. O que a gente não admite é que o SBT dê guarida a incitação ao crime, o que convenhamos, não aconteceu em nenhum momento desde que o episódio ganhou mais repercussão do que se esperava. Agora todo mundo quer deitar em cima de um fato que teria passado batido se a mídia não tivesse feito esse carnaval antidemocrático. O fato é que em nome da democracia a apresentadora tem todo o direito de dizer o que pensa e o público de discordar e também dizer o que pensa. O resto é apenas querer botar o bloco na rua para aparecer e aparecer indevidamente. (Eli Halfoun)

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