CRÔNICA ---------- Mãe: o coração de todos

Coração, sensibilidade, atenção carinho amor. Junte essas quatro palavras para formar uma única e definitiva forma de afeto: mãe. As quatro palavras unidas ficam mais fortes e completas, mas basta usar uma única dessas palavras para definir de forma exata o que é e representa ser mãe. Nessa época em que se festeja o Dia das Mães só para ter uma data marcada no calendário, o nem é necessário: a vida nos mostra que todo dia filhos e mães estão se festejando em todos os momentos. Agora é praticamente obrigatório o tempo de abrir espaço para o lugar comum e ouvir frases repetidas e que nem sempre representam o sentimento real e total de quem as está pronunciando. As frases feitas e exaustivamente repetidas fazem sim o lugar comum, mas mãe é muito mais do que um lugar comum. Mãe é a alma em movimento, é a vida renascendo a cada dia no sorriso, na atenção no cuidado que essas verdadeiras heroínas constroem em nossas vidas, no nosso ser principalmente no e saber ser e existir. Ser mãe não é apenas gerar uma vida durante nove meses: é encher de vida todos os dias e todas as horas o ser que nasceu do ventre sagrado. O ventre de todas as mães é sagrado. É o altar da vida - de uma vida que desde o parto ela nos ajuda e ensina a conduzir. Existem - e nem poderia ser ao contrário quando se trata de relações humanas - mães e filhos que se desentendem, que brigam, que se distanciam e até que fingem não ligar um para o outro. Mesmo assim mãe é um ser e uma emoção sempre presente e até distante é ela que nos conduz de mãos dadas (mesmo que essa seja só uma imagem) pelos muitas vezes difíceis caminhos da vida. São as mães que nos dão força. É sempre por ela que chamamos nos momentos de dor e de angústia. O colo da mãe é que está sempre pronto a nos receber, acarinhar e fazer com que tenhamos ânimo para seguir em frente. Mãe é definitiva até quando não se faz mais fisicamente presente - sua – presença é forte também na ausência. Em uma data festiva como o Dia das Mães ela estará inteira no pensamento, no sentimento e na certeza de que mãe é um ser vivo até depois da morte. Mães não morrem: apenas se ausentam fisicamente (merecem descansar), mas nunca nos tomam o amor e os ensinamentos que nos doaram por muitos anos. Mães são mestres graduadas em vida, em fazer e em mostrar a vida. Nenhum filho jamais esquece os momentos e a sabedoria aplicada por uma mãe no caminho de vida de um filho, qualquer filho. Podemos até dizer e sem medo de errar que mãe é pura magia: são sempre mágicos os momentos que vivemos com ela desde que nos oferecem o peito para nos alimentar até quando nos oferecem o adeus para mostrar paradoxalmente que presença da mãe é eterna. Afinal, mãe é o coração que pulsa em todas as vidas. (Eli Halfoun)