quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
Chega de técnicos medalhões. É hora de investir em quem realmente sabe
O atual campeonato brasileiro está deixando para o futebol uma grande lição esportiva e econômica: é preciso começar a olhar com mais atenção para os profissionais que não são figurinhas carimbadas na mídia e que têm sido a salvação, inclusive econômica, de vários times. Pagar salários milionários (variam entre R$ 400 mil e 1 milhão) para técnicos considerados medalhões que não resolvem nada. Vejamos: nenhum dos chamados grandes técnicos foi bem nesse campeonato e até o campeão de um time que se mostrou perfeito é o modesto Marcelo Oliveira. Os outros times que estiveram sempre na disputa foram e são dirigidos por técnicos que nem sonham ganhar os robustos salários dosa medalhões que nesse campeonato mal fizeram jus a receber um único salário mínimo. Os clubes costumam contratar técnicos famosos e milionários não exatamente porque são supostamente os melhores, mas sim porque servem para que os cartolas façam média com a torcida. Não adianta mais: a torcida já não se engana e prefere torcer pelo sucesso de um técnico humilde do que por um medalhão que faz esquemas no computado, mas nunca os coloca com sucesso em campo. O futebol evoluiu muito, mas felizmente ainda independe de ter um técnico metido a professor. No campo são os jogadores (esses sim as grandes estrelas) que ditam o ritmo do jogo e unidos fazem bem sucedido o trabalho de um técnico que não chega ditando regras como se soubesse mais do que tido mundo. Não sabem e tem mostrado isso. Portanto, está mais do que na hora do nosso futebol aprender que assim como forma nas categorias de base os grandes jogadores é nelas que também podem surgir os bons técnicos e o que é melhor, sem precisar jogar no lixo salários milionários que seriam mais úteis nas categorias inferiores que precisam cada vez mais de recursos e de apoio. Futebol se joga e se ganha em campo. O futebol que premia as contas bancárias só é campeão no bolso dos técnicos que sabem aparecer, mas não sabem fazer aparecer o futebol dos times que dirigem. (Eli Halfoun)
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