segunda-feira, 22 de outubro de 2012
CRÔNICA ----- Estação do amor
São quatro as estações que dividem o ano, mas nenhuma delas é mais importante do que o que poderíamos chamar de estação Natal. É a partir da segunda quinzena de dezembro que o ano nos deixa respirar melhor permitindo que o amor floresça de todas as formas, em todas as entregas e em todas as pessoas. Natal ainda é a festa mais importante dos homens, que se encontram e reencontram no sentimento e busca do amor maior, da solidariedade, do afeto total e principalmente do amor. É no (e com o) Natal que respiramos mais amor e assim praticamente nos incentiva a distribuir amor embrulhado para presente, mesmo que seja apenas através de um simples “feliz Natal"
O “feliz Natal” ainda pode ser para muitos apenas uma forma educada e até repetitiva de se comportar nessa época do ano. Mas dentro de cada um de nós esse desejo de felicidade coletiva é real porque só o Natal nos mostra que é perfeitamente possível viver os mais intensos e puros sentimentos durante todo o ano fazendo com que o Natal seja uma festa de amor durante 365 dias.
É no Natal que aprendemos a importante (fundamental até) lição do dividir e de perdoar. Não há uma única pessoa que não esteja sinceramente disposta a perdoar o próximo e a renascer para a vida sem por medo massacrar os mais puros sentimentos e a mais inteira esperança.
É evidente que gostaríamos de não conviver com as injustiças sociais (que, aliás, nós criamos) e que desejamos que todos sem exceção tenham mesas fartas.
A verdade é que no Natal nem todas as mesas podem estar fartas de alimentos, mas sem dúvida todo os corações estão fartos (até transbordando) de sentimentos que realmente podem (e só eles podem) construir dias melhores para todos.
Esse costuma ser visto quase sempre como mais um discurso demagógico. Não importa tanto assim: o que importa mesmo é quer pelo menos nesse período do ano todos tenhamos na ponta da língua e explodindo no coração o sentimento mais completo de amor. É a ausência de amor que nos crucifica o ano inteiro e no Natal nos libertamos da cruz para seguir em frente com amor.
Para muitos o Natal foi transformado em apenas uma festa comercial, um jogo de trocar presentes. Tudo bem que até é assim, mas mesmo entrando no jogo comercial no Natal não nos permitimos ser contaminados pela febre de destruição, de incompreensão e de falta de amor que parece ser hoje o mais utilizado combustível do mundo.
Cada um pode pensar e fazer o que bem entender, mas o sentimento de amor coletivo que se apodera de cada um de nós é mais intenso do que podemos imaginar e não permite que fiquemos alheios. Natal. É acima de tudo amor e renascimento. Enquanto assim for o Natal continuará sendo mais do que um festa farta, o mais doce e sorridente encontro de qualquer época, de qualquer ano e de todos os anos. Que bom que ainda podemos fazer com que seja Natal e amor o ano inteiro. (Eli Halfoun)
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