domingo, 30 de setembro de 2012

"Avenida Brasil": um fenômeno difícil de ser repetido na televisão

Parece até praga: em todas as classes sociais o assunto do momento é a novela “Avenida Brasil, de João Emanuel Carneiro e o final que o imprevisível autor preparou para Carminha (Adriana Esteves, a dona da novela) e Nina (Débora Falabella). “Avenida Brasil” pode não ser a novela de maior audiência na história da teledramaturgia da Globo, mas é sem dúvida um fenômeno em termos de repercussão. Isso acontece porque além do excelente trabalho de Adriana Carminha Esteves o autor conseguiu durante toda a trama surpreender o público a cada capítulo, ou seja, criou uma trama quase imprevisível e que não deu lugar para as comuns especulações e adivinhações. A grande expectativa agora é saber que destino terão as principais personagens no último capítulo (em 18 de outubro) da novela, que por incrível que pareça ganhou mais interesse e comentários do que o julgamento do mensalão mesmo com o ministro Joaquim Barbosa transformado no justiceiro que o povo queria e esperava. O final do mensalão está ficando previsível, o que não acontece com o da novela “Avenida Brasil”. É certo que Tufão (Murilo Benício) tomará (até que enfim) uma atitude enérgica e expulsará Carminha de casa as gritos de “vagabunda, você não merece morar nessa casa". Aliás, ninguém, merece morar naquela casa carro-alegórico. Nos próximos capítulos acontecerá também a morte de Max (Marcelo Novaes) e por conta disso a velha brincadeirinha do quem matou já que Nina, Tufão, Lucio,Yvana, Jorginho e até Leleco estarão entre os suspeitos. O que se sabe é que Nina estará desmaiada ao lado do corpo ensanguentado de Max no lixão. Para evitar que Nina seja novamente presa Lucinda assumirá o crime e dirá que matou o filho. O autor não revela o nome do criminoso e tentará manter o segredo até o final, que pode ser o mais imprevisível possível como, aliás, aconteceu durante quase toda a trama - uma trama que tomou conta dos comentários e do interesse do público e que chegará ao fim deixando para a substituta “Salve Jorge”, de Glória Perez, a responsabilidade de segurar não só a audiência, mas principalmente o interesse do público. Embora Glória Perez seja uma autora da melhor qualidade será difícil repetir o fenômeno ocorrido com “Avenida Brasil” que ganhou todos os comentários e interesse até dos que não suportam novelas. (Eli Halfoun)

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