sábado, 29 de setembro de 2012

A saúde do Brasil tem remédio. O Hospital Sarah mostra isso com competência

O atendimento público do Brasil ainda é muito precário, às vezes amador e na maioria das vezes até criminoso quando deixa pacientes jogados (e morrendo) nos corredores e salas de espera de hospitais despreparados e infectos. Apesar dessa criminosa precariedade ainda temos no caso especifico da saúde atendimentos dos quais podemos nos orgulhar. É, por exemplo, o caso do Hospital de Reabilitação da Rede Sarah, na Barra da Tjuca, Rio. É um hospital de primeiro mundo onde tudo funciona rigorosamente no horário e com atendimento de altíssima qualidade, desde a educação dos funcionários a competência de médicos e fisioterapeutas, além de outros profissionais de saúde. Estive lá e confesso que saí impressionado: de saída foi difícil, muito difícil, acreditar que estava recorrendo a um serviço público brasileiro de saúde tal a eficiência do atendimento e a capacidade técnica e humana do hospital. Coisa sem dúvida de país desenvolvido e que deveria ser exemplar em todos os hospitais da rede pública federal, estadual ou municipal. É verdade que no Sarah, que só cuida de reabilitação tornar os pacientes independentes não há doentes terminais jogados nos corredores. Não existem baleados sangrando. Enfim, não tem a cara dos hospitais públicos que nos acostumamos a ver em todo o país, O Sarah é o mais perfeito exemplo dos que conheço pessoalmente de que é realmente possível dar ao cidadão o atendimento digno e respeitoso que merece, até porque paga por isso em impostos. O Sarah só tem uma desvantagem, que talvez até seja um benefício para a tranqüilidade do serviço: a dificuldade de acesso. Fica quase escondido em uma rua da Barra da Tijuca e é difícil, quase impossível, chegar ao hospital utilizando transporte urbano: só tem avesso ao bonito, limpo, moderno e bem organizado Sarah quem puder ir de carro particular ou de táxi, que pode custar uma fortuna dependendo da distância percorrida. De resto é realmente um atendimento hospitalar exemplar. É verdade também que conseguir uma vaga para atendimento (esperei dois anos) é difícil, mas até justificável: o Sarah só atende um limitado número de pacientes para certamente não ser atropelado por um excesso de consultas, de tratamento e falta de médicos. Voltarei lá outras vezes e posso até afirmar que o farei com prazer: não só pelo prazer de receber o tratamento adequado, mas principalmente pela certeza de que estarei sendo atendido decentemente em um hospital que sem dúvida é referência em reabilitação no mundo, especialmente na América Latina. Sei que a saúde no Brasil será por ainda muito tempo um grande problema, mas o que vi no Sarah foi a certeza de que o “remédio” para cura da saúde brasileira existe. É só copiar o exemplo do Sarah. Basta ter competência, organização e acima de tudo boa vontade. (Eli Halfoun)

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