segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Um brilho especial para as vozes femininas na televisão musical

Não será por falta de boas cantoras que a música brasileira ficará órfã: a recém terminada temporada do quadro “Mulheres que brilham” do “Programa Raul Gil” (SBT) mostrou uma vez mais que estamos muito bem servidos de vozes femininas. Raul Gil comandou durante semanas aquele que pode estar entre os melhores programas musicais da televisão brasileira que, aliás, peca por falta de atrações e espaço para valorizar nossa versátil música. O que se viu e ouviu no “Mulheres que brilham” foi um desfile de belas canções interpretadas sempre com perfeição. A atração de Raul Gil não pode ser vista como m simples programa de calouros. É muito mais do que um desfile de pretendentes a fazer carreira musical: é o encontro de intérpretes da melhor qualidade algumas superiores (bem melhores) do que muitas cantoras que estão nas paradas de sucesso. Raul Gil faz sim um programa de auditório, mas não busca audiência com as tradicionais e repetitivas competições e apelações de outros programas do gênero. O “Programa Raul Gil” respeita os candidatos, ou seja, não ridiculariza os calouros e assim respeita também o público. Nessa altura não importa muito se a candidata vencedora (a que mais brilhou) era a sua preferida: todas sem exceção tinham condições de brilhar no programa e têm condições de brilhar na carreira musical, o que, convenhamos, não depende só de talento. Depender também de sorte. Como tudo na vida. (Eli Halfoun)

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