Você entra no consultório médico e o profissional geralmente se limita a preencher guias de planos de saúde com pedidos de exame (quem pratica medicina hoje são os laboratórios e não os médicos). Mesmo assim ao final da “consulta” um conselho é inevitável: diminua o consumo de sal, mesmo que ainda não tenha pressão alta. Assim como aconteceu com outros produtos (o ovo, por exemplo) o sal está deixando de ser um inimigo da saúde. Não demora muito o conselho para diminuir a ingestão de sal (comida insossa é horrível) não terá mais o menor sentido: nova pesquisa publicada no “New York Times” diz que quanto menos sal ingerido, maior a probabilidade de morrer por doenças cardíacas. Segundo a pesquisa “as pessoas que ingeriram mais sal durante o estudo tiveram, em média, um leve aumento na pressão sistólica (1,71 de aumento para cada 2,5g de sódio por dia), sem nenhuma tendência a desenvolver hipertensão”. O professor A, Staessen da Universidade de Leuven,na Bélgica e coordenador do novo estudo so0bre o sal é taxativo: “O baixo consumo de sal tem conseqüências que vão além da pressão sanguínea, como por exemplo o aumento da resistência à insulina, que pode aumentar os riscos de doenças cardíacas”.
Como a ciência muda de opinião mais do que políticos mudam de partidos fica difícil conviver com tantos conselhos que se são válidos um dia, no dia seguinte não têm mais o menor valor. Assim é a dúvida que acaba nos deixando mais doentes: afinal, o que é bom e o que não é bom para a saúde? (Eli Halfoun)
quinta-feira, 5 de maio de 2011
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