terça-feira, 17 de maio de 2011

CRÔNICA --- Amor maior

Por medo da própria emoção ou por defesa o homem acabou desenvolvendo, pelo menos da boca pra fora, ma visão amarga diante da vida e, portanto, do próximo. O homem se esconde de si próprio - o que não é aceitável, mas perfeitamente compreensível nesse mundo cruelmente moderno que nos empurra diariamente, através os veículos de comunicação, uma violência realmente assustadora e desanimadora.
Mesmo defendendo-se, até por vergonha, de sua mais piegas emoção (toda a emoção só é inteira e verdadeira se for piegas) o homem ainda se envolve completamente com o amor e o romantismo que, aliás, é fundamental em uma grande história de amor e não exatamente apenas na ficção.
O recente casamento do príncipe William com a agora duquesa Catherine William (a ex-plebéia Kate Middleton) foi uma espécie de confissão universal do homem de seu romantismo e de sua eterna busca de um grande amor. O casamento real mobilizou a humanidade que de certa forma também realizou seu sonho de viver um conto de fadas real de olho na televisão (foram 2 bilhões telespectadores no mundo).
De repente nos permitimos “viajar” nos velhos sonhos infantis, que alimentaram, alimentam e alimentarão nossas vidas até o fim. No fundo todo homem quer um dia ser um príncipe e toda mulher uma bela princesa para viver uma plena e linda história de amor.
O que o conto de fadas da vida real nos mostrou é que continuamos emocionalmente prontos para o amor e não necessariamente o amor entre um casal, mas o amor total para (e de) todos.
É esse amor do qual tentamos nos defender, não importam os motivos, todo o tempo que permitirá que a vida seja um conto de fadas em todas as ocasiões.
Independente de ter visto uma bela cerimônia de casamento (na verdade um grandioso espetáculo) o que a união do príncipe e da plebéia nos mostrou é que nem as diferenças sociais podem afastar ou dividir o amor entre os homens. Não importa que alguém seja mais bem sucedido do que o outro: o amor sempre nos fará iguais e ricos se aprendermos a unir nosso amor e a reparti-lo com todos fazendo do dia a dia sempre uma grande cerimônia, uma festa de amor.
Afinal, o conto e fadas das histórias infantis sempre poderá ser um conto de fadas real da vida adulta porque sempre haverá amor para dar e receber. Só assim todos seremos príncipes e princesas coroados por um amor do qual realmente não precisamos e nem devemos nos esconder, mesmo quando temos medo de mostrá-lo. O amor será sempre maior do que o medo. (Eli Halfoun)

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