Durante um mês em 2014 todo mesmo quem não gosta de futebol esterá de uma forma ou de outra envolvido com a Copa do Mundo e com a união de povos que ela representa dentro e fora de campo. No encontro alegre e entusiasmado das torcida será fácil perceber que é sempre possível unir até os que estão em campos opostos. Em campo a magia bailarina da bola rolando e dos atletas fazendo coreografias dignas de um Bolchoi talvez esteja aquela que é a maior demonstração de solidariedade que possa existir. Futebol é esporte coletivo no qual um sempre depende do outro em cada passe, cada falta, cada lateral, cada córner. Só participando coletivamente de todos os lances é que se forma um time forte e se joga uma boa partida.
O campo da vida não é tão reduzido quanto o campo de futebol, mas é nele que se deve praticar a mesma solidária união que o futebol exige. Se no campo de futebol cada jogador depende fundamentalmente da atenção do companheiro, no campo da vida não é diferente: cada um de nós, jogadores do cotidiano, depende do “passe” e da jogada de todos os companheiros, de todas as pessoas que formam um único time para jogar bem. Solidariamente para viver (e vencer) melhor. De goleada, se for possível. Quando estão no campo de jogo os atletas estão conscientes de que só poderão vencer e jogar bem se estiverem unidos e solidários. Ninguém é o dono da bola. Todos são responsáveis pelo mesmo jogo. No campo verde da vida do dia a dia também é assim: o jogo da vida depende cada vez mais da consciência de cada m de nós para formarmos no mesmo time - o time do amor, da compreensão, da palavra amiga, do afeto. Da solidariedade.
Só assim seremos sempre campeões do mundo – de um mundo que podemos fazer melhor com uma participação solidária. De passes precisos.
É verdade que uma partida de futebol representa competição, mas esse é outro bom exemplo: no cotidiano também participamos de uma competição. Só é necessário saber competir com decência, sem faltas que nos expulsem de campo e mesmo que ao final do dia não vençamos a partida seremos vitoriosos simplesmente por saber que participamos coletivamente dessa partida e que, portanto, somos sim sempre vencedores. Ao final de cada partida aprenderemos a cumprimentar o adversário que lutou pela mesma finalidade: a vitória. Se no futebol a vitória é apenas de um time, na vida qualquer partida solidária será sempre a vitória de todos nós. No campo da solidariedade formamos apenas uma equipe.
A Copa do Mundo nos mostrará uma vez mais como a solidariedade do amor é fundamental em cada lance, em cada bola, em todos os momentos. No campo da vida também é assim: todos os lances feitos solidariamente e com amor serão a certeza de que poderemos ganhar sempre a mais importante das Copas do Mundo: a da união fraterna e solidária. Entre nesse time. Amor e solidariedade cabem em todos os corpos, todas as cabeças, todos os corações. Em todas as pessoas. (Eli Halfoun)
domingo, 22 de maio de 2011
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