quarta-feira, 25 de junho de 2014

Grande número de turistas não aumenta a renda de serviços



Tarde de sábado: as ruas de Copacabana, especialmente a linda Avenida Atlântica, estão repletas de turistas em um vai e vem frenético. Entro em um táxi e comento com o motorista que com tantos turistas circulando a maré para ele está boa em faturamento. Engano meu: o motorista desanimado diz que mesmo com muitos turistas circulando pela cidade há poucos passageiros. Explica: eles não pegam táxi: aprenderam na andar de ônibus e de metrô, que são mais práticos e baratos. Não são só os táxis que os turistas aprenderam a evitar: também estão fugindo de restaurantes, lanchonetes e quiosques que cobram preços exorbitantes. Os turistas também aprenderam (brasileiro faz isso há anos no exterior) que é mais econômico, garantido e confortável comprar lanches em supermercados para comer nos quartos dos hotéis que os recebem (com diárias caríssimas) como hóspedes. Nos hotéis também houve uma quedas brutal de consumo nos room-services que costumam cobrar por um simples sanduíche de queijo (pouco queijo) o preço que os turistas estão gastando em uma semana ou mais nos mercados. Talvez agora o Brasil aprenda que para fazer do turismo uma excelente fonte de renda é preciso em primeiro lugar não explorar as visitas e muito menos botá-las para correr. (Eli Halfoun)

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