É hora de rever o comando mão grande da Fifa no futebol

Se a Fifa não tivesse metido sua mão grande (grande até demais) na abertura da Copa o espetáculo que antecedeu o jogo do Brasil com a Croácia poderia ter sido realmente um espetáculo e não um ensaio de festinhas de colégio. Não faz nenhum sentido escolher uma coreógrafa belga e um diretor italiano para conceber um show que obrigatoriamente teria o Brasil como tema. O Brasil está repleto de bons profissionais do ramo e sem dúvida um brasileiro poderia fazer o espetáculo que a abertura da Copa merecia. Os interesses (sabe-se lá quais) da Fifa não permitiram e o que se viu foi uma vergonha total, ou seja um espetáculo melancólico que ficou devendo muito a essência do Brasil e do brasileiro: a alegria, a versatilidade e a beleza de um país que não é uma árvore morta como se mostrou. O Brasil é vida e vida foi o que faltou na abertura da Copa que,acredito só a Fifa (dizem que a entidade sairá do Brasil levando no bolsos um lucro de dez milhões de dólares). O que também ficou muito claro é que está na horta da Fifa rever o comando que exerce sempre com um molho na grana e o outro na manutenção do poder de seus diretores. Também está na hora dos países mudarem a situação: se não querem mais a atual diretoria (rima com mordomia) da Fifa não é preciso protestar com violência e aos gritos: basta que os times não entrem mais em campo. Sem artistas não há espetáculo e no caso os grandes artistas são os atletas que nem sempre são respeitados como deveriam ser. (Eli Halfoun)